26 de out. de 2013

Mesmo com mudanças Caderneta continua atrativa, mostram números do BC

Dados do Banco Central revelam que poupadores continuam crescendo independente das variações de rentabilidade que as contas poupança vem sofrendo
Por: Ataide Aquino

Em 2012, foram adotadas novas regras do rendimento. Nesta mudança o rendimento de muda quando o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) ficar em 8,5% anuais ou menos. Desta forma, com os juros baixos, a poupança rende menos. Se os juros sobem acima de 8,5%, vale a regra tradicional. Mesmo com as mudanças, em setembro de 2013, a caderneta de poupança registrou captação líquida recorde de R$ 6,696 bilhões. Com isso, o total de captação do ano foi para R$ 48,948 bilhões, também valor anual recorde, de acordo com dados do Banco Central.

A intenção do governo com esta mudança foi desestimular a migração de grandes investidores para a poupança, por conta da menor rentabilidade de outras aplicações movidas a juros. A nova regra vale não só para poupanças abertas a partir de 4 de maio de 201, mas também para as que já existiam. Apenas para os depósitos feitos a partir desta data, o valor continua rendendo conforme as regras anteriores.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, subiu a taxa a Selic para 9% ao ano no mês de setembro, fazendo com que a poupança voltasse a render como antes da alteração, mesmo assim trazendo vantagens aos investidores. “A nova regra favorece os que aplicam por tempo indeterminado. Ou seja, quem aplicam sem a necessidade de resgate imediato, pois, se houver um resgate dentro do mês da aplicação, o rendimento do valor aplicado não será incluso ao valor total da aplicação e sim os rendimentos de aplicações anteriores mais o saldo da aplicação do mês”, afirma o contador Fernando Bonadio.

O contador comenta que por causa das garantias do governo, as Cadernetas de Poupança continuam sendo o melhor investimento para as pessoas de classe média baixa. “Para as pessoas de classe alta e média os investimentos em papeis ainda são melhores”, enfatiza. Mesmo com todas as mudanças e variações a Caderneta continua sendo muito atrativa e recomendada, em especial para uma parcela específica de poupadores.

25 de out. de 2013

Excesso de treinos eleva risco de lesões e prejudica saúde dos atletas

Aumento do número de contusões é significativo devido a falta de controle em treinamentos dos atletas
Por: Guilherme Cerveira

Um alongamento adequado pode ajudar os atletas a
evitar lesões. Foto: Leonardo Pereira

As lesões são de longe os piores adversários que um atleta pode ter. Independente do esporte praticado, o risco sempre é alto. Mesmo com o acompanhamento de profissionais, muitos atletas ou praticantes sofrem lesões de diferentes tipos, podendo comprometer a carreira pelo resto da vida. De acordo com a professora de educação física Maria Aparecida Romam, a preparação é o ponto chave para que as lesões sejam evitadas. Porém, o risco sempre existe, um movimento mais forte ou então uma corrida mais longa podem trazer danos musculares que levam meses para serem recompostos. Segundo a professora, o excesso de exercícios aumenta ainda mais as chances de se lesionar. “Para evitar as lesões, os atletas devem evitar o excesso de treinos e disputar competições com o intervalo ideal para que o corpo possa descansar da forma correta”, afirma Maria Aparecida.

O fato é que nem todos seguem essas as orientações e acabam exagerando na hora de praticar refletindo em clínicas de fisioterapias lotadas. Segundo Dalvanir Linhares, esportista desde os 18 anos, as lesões interferem e muito na vida do atleta. Contudo, com o desenvolvimento da tecnologia, existem diversas áreas e profissionais que se especializaram no tratamento de atletas. Desta forma, a recuperação fica mais fácil e saudável. “Durante os treinos para a disputa de um campeonato, eu acabei tento uma entorse no joelho esquerdo, essa lesão acabou me impedindo de competir, já que eu fiquei sem poder treinar durantes 2 meses”, conta Linhares.

O acompanhamento de profissionais e o correto uso do corpo são inevitáveis para uma vida sem preocupações, essa dica vale para todos que gostam de esportes e não querem sofrer com exaustivas sessões de fisioterapias.

24 de out. de 2013

Black Sabbath se apresenta pela primeira vez com Ozzy no Brasil

Pioneiros do Heavy Metal em formação quase original fizeram show inédito para 70 mil pessoas em São Paulo
Por: Gabriel Bonafé
Presença de Ozzy no vocal do Black Sabbath foi
inédita no palco brasileiro. Foto: Divulgação

Sexta-feira, 11 de outubro. No horário de Brasília, 21:05. Um público de 70 mil pessoas aglomerado no Campo de Marte, zona norte de São Paulo, estava prestes a registrar 45 anos em 2h. É o show do Black Sabbath, banda inglesa de 1968 que se apresenta pela primeira vez no Brasil com sua formação quase original — Ozzy Osbourne nos vocais, Tony Iommi na guitarra e Geezer Butler no baixo. Só faltou o baterista Bill Ward, que por problemas pessoais foi substituído por Tommy Clufetos da banda solo de Ozzy.

Horas antes, o Megadeth fica responsável por aquecer o público. Com instrumental veloz e pesado, a banda de Dave Mustaine cativa com os  hits "Symphony of Destruction", "Peace Sells" e "Holy Wars". O show de abertura dura 1h e, apesar de empolgante, só leva os fãs árduos do Trash Metal ao delírio. No término, um intervalo para preparo do palco. Neste momento o público sente o cansaço da longa espera na fila, da dificuldade de chegar ao local e da quantidade de álcool e drogas ingeridas. As energias parecem esgotadas até que as luzes se apagam e ouve-se o sádico riso de Ozzy. Energias voltam em dobro. Iommi dá a potência com os riffs de "War Pigs".

O show procede com as clássicas "Into the Void", "Under the Sun" e "Snowblind", que abre alas para a nova "Age of Reason", do álbum "13" lançado neste ano. O público acompanha a banda em tudo: riffs, letras e entusiasmo. Os buracos no Campo de Marte não são problemas para aqueles que se esgueiram em grades e costas de outros fãs. O baixo volume das caixas é preenchido pelo eco da multidão. Três faixas do primeiro álbum dão sequência: “Black Sabbath”, “Behind the Wall of Sleep” e “N.I.B.”, sucedidas por outra nova, “End of the Beginning”.

Depois da arrastada e fascinante “Faries Wears Boots”, um tempo para Ozzy descansar com a instrumental “Rat Salad”. O solo de bateria Clufetos emenda o fim da faixa sem vocal com as palavras de Ozzy: “I am Iron Man”, fazendo o público explodir com o single mais consagrado do Black Sabbath. Após a última nova do show, “God is Dead?”, e da romântica “Dirty Women”, a banda anuncia o encerramento com “Children of the Grave”, prometendo um bis caso o público ‘enlouquecesse’. Não precisava pedir. Iommi apresenta os riffs de “Sabbath Bloody Sabbath”, mas era apenas ‘brincadeira’. Na lenta melodia, Ozzy grita: “go fucking crazy”, e vê as poeiras levantarem junto às rodas punks que se abrem para celebrar “Paranoid”.

O Black Sabbath se despede e manifesta amor ao público. “We love you all. God bless you all”, foram as palavras de Ozzy para a calorosa recepção dos fãs, que guardarão aquelas 2h eternamente em suas cabeças.

23 de out. de 2013

Eu sou a favor da maioridade penal #sóquenão

Por: Ana Mendonça

Há pouco mais de um mês, eu me manifestei em sala de aula a favor da redução da maioridade penal. Mostrei toda minha indignação por o governo não fazer uma "simples emenda" na Constituição Federal, reduzindo de 18 para 16 anos a tal idade que permite que a pessoa pague pelo que fez como um adulto responsável e ciente. Eu ficava indignada com aquelas pessoas que insinuavam que queríamos colocar crianças inocentes na cadeia. Inocentes o escambau! Eu mesma fui assaltada por três adolescentes e eles não eram inocentes coisíssima nenhuma! 

Semanas depois...

Me encontrei com uma pessoa mais vivida e experiente do que eu, que fez-me refletir sobre o que era essa redução e qual era realmente o problema da sociedade.

Agora imagino que você irá me perguntar:

"As pessoas ficaram mais cruéis, sanguinolentas e inconsequentes?" 

Sim.

"Isso tem acontecido com pessoas cada vez mais jovens?"

 Sim.

"Então por quê não reduzem a maioridade penal e colocam esse bando atrás das grades???"

Simples: a redução da maioridade penal não resolveria o problema.

"Mas bandido bom não é bandido preso ou morto? Se prendermos e amedrontarmos esses assassinos e meliantes estaremos seguros!"

Pensar assim foi o meu erro e tem sido o erro da maioria dos brasileiros.

Não é oprimindo uma pessoa que você fará com que ela mude, muito pelo contrário, as coisas só tendem a piorar. Se começarmos a prender garotos(as) de 16 anos, eles continuarão fazendo a mesma coisa e logo prenderemos os de 15, 14, 13... Delito realmente não tem idade.

"Então, qual é a saída?"

A resolução desse problema depende de muitas pessoas... Principalmente dos governantes, mas depende também de mim e de você.

"Mas é a lei da vida não é? O mundo é dos espertos!"

Engraçado que as mesmas pessoas que dizem isso, são as que recriminam os menores. Eles não fazem isso simplesmente porque querem. 

"Ah, vai começar a defender bandido agora???"

Não. Mas infelizmente essas pessoas não tiveram as oportunidades que eu tive, nem que você, que me lê, teve. Elas não tiveram pais comprometidos e de bem como os nossos, que nos mostraram qual era o caminho certo a seguir. Não tiveram quem mostrasse que devemos batalhar para conseguir o que queremos. Não tiveram acesso à uma educação adequada, à cultura, à recreação. Muitos passaram fome e viveram em meio a tiros, tráfico, morte. Essa foi a escola em que eles cresceram, foi isso que eles aprenderam. 

"Então, você diz que todas as pessoas que moram em locais cercados por violência são assim?"

Não. Existem muitas pessoas honestíssimas, íntegras e pacíficas que moram em comunidades carentes. A diferença é que essas pessoas tiveram quem as guiasse e não se deixaram levar pelo caminho "fácil". Para você pode ser banal, mas um sorriso, uma palavra, um gesto seu, pode mudar a vida de muita gente.

Ninguém sabe o que se passa no íntimo de cada ser humano. Você só sabe o que se passa dentro de você! É aí que está o erro... Estamos tão acostumados em correr atrás das NOSSAS coisas, dos NOSSOS sonhos, dos NOSSOS objetivos, que esquecemos que as pessoas que nos cercam também tem coração e, às vezes, só precisam de uma palavra. Somos tão voltados aos NOSSOS problemas que esquecemos que todos tem problemas. Só queremos nos sentir seguros, protegidos, felizes, amados. Agora, alguém já parou pra pensar o que essas pessoas realmente querem? Será que não buscamos um mesmo objetivo, só que de uma maneira diferente? Será que não recebemos um sorriso a mais, um carinho a mais ou uma oportunidade a mais?

Ninguém é 100% mau ou 100% bom. Ninguém é perfeito. Ninguém pode julgar uma pessoa sem saber o que ela viveu para reagir de tal maneira.
Eu como uma reles mortal também não estou julgando ninguém. Só quero que quem perdeu seu preciosíssimo tempo para ler estas linhas, pense bem antes de abrir a boca para dizer: Eu sou a favor da redução da maioridade penal. Não cometam o mesmo erro que eu. 

Por fim, deixo uma pergunta: Simplesmente impor limites já resolveu algum problema?

Venda mundial de PCs registra nova queda

Substituição de desktops por tablets e notebooks contribui para esta marca em declínio
Por: Raíssa Fernandes e Mayara Almeida
Tablets e notebook se tornam preferência dos
consumidores. Foto: Raíssa Fernandes

O mercado de computadores registra queda nas vendas pelo sexto semestre seguido, conforme dados divulgados por duas empresas de pesquisa em tecnologia. Segundo a Gartner, as vendas de PCs no mundo caíram 8,6%, registrando 80,3 milhões de unidades, enquanto a consultoria IDC apresentou dados pouco mais otimistas da queda, 7,6%, sendo 81,6 milhões de unidades entre os meses de julho e setembro deste ano, período normalmente caracterizado por alta nas vendas devido à volta às aulas em muitos países, como os EUA e a Europa.

Os dados revelam que os tablets vendem mais do que os desktops em todo o mundo, e, no Brasil, os notebooks são mais vendidos que os tablets, ao contrário de outros países. Essa informação é comprovada por Murilo Paiva, vendedor de uma loja especializada em informática. “Hoje em dia é mais difícil ver a compra de desktops, tanto é que as vitrines das lojas expõem apenas notebooks e tablets”, afirma. As consultorias ressaltam ainda que as máquinas com Windows 8 contribuíram para que a queda nas vendas fosse menos expressiva do que as previsões.

22 de out. de 2013

Serra defende uso da Lei de Segurança Nacional contra manifestantes

Após vários episódios de violência ocorridos em São Paulo medida é discutida para combater manifestantes mascarados
Por: Ingrid Tavolaro

O ex-governador de São Paulo, José Serra, defendeu no último dia 09 deste mês, a aplicação da Lei de Segurança Nacional, criada na época da ditadura militar,  contra manifestantes envolvidos em episódios de violência. “Eu não vejo porque movimento moderno tenha que envolver tropas organizadas, mascarados. Sinceramente não tem cabimento”, disse Serra ao site Terra.

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados. Levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma ampla lista de reivindicações e com um significado ainda não plenamente compreendido, onde não só tarifas de transportes públicos foram questionadas como também, como a realização da Copa do Mundo de 2014.

No último dia 07, Humberto Caporalli, 24 anos, e Luana Bernardo Lopes, 19 anos, foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, acusados de contribuir com a destruição de um carro da Polícia Civil. A legislação prevê de três a 10 anos de reclusão.

 Para o estudante Wilson, o vandalismo serve para chamar a atenção da mídia, porém de uma forma negativa, e a punição sempre existiu, só estão tomando esta atitude agora, para fazerem o povo se manifestar de uma forma menos agressiva. “A Lei de Segurança Nacional foi criada com a justificativa de definir crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social, e desde quando defender aquilo que você acredita pode ser um crime de ordem política?”, declara o estudante Wilson, que participou do Quinto Grande Ato, como eram denominadas as manifestações.

21 de out. de 2013

Educar para melhorar

Por: Renata Vieira 

Não existe melhorias sem educação. E não é de educação superior ou bilíngue a qual eu me refiro. É dos princípios básicos, saber discernir o certo do errado, respeitar o próximo e contribuir com a limpeza da cidade.

De nada adianta termos os melhores hospitais ou o melhor transporte público do mundo, se continuarmos agindo da maneira como agimos. Como o bando de gado que fomos moldados para ser.

É revoltante ver como as pessoas destroem os bens públicos, sem nem se dar conta de que serão os responsáveis por arcar com os prejuízos. Jogar o lixo no chão quando o cesto, que não são muitos, reconheço, está a dois passos para frente.

Não adianta apontar o dedo na cara dos corruptos, se nos igualarmos a eles. Com educação somos mais fortes e temos mais poder. A educação é e sempre foi a única arma capaz de mudar o rumo das coisas para melhor.

Surfistas se preparam em academias para um melhor rendimento

O treinamento funcional mostra porque o surf não está presente apenas nos litorais, com o preparo antecipado em solo, o resultado pode ser muito melhor
Por: Guilherme Cerveira
Alguns dos equipamentos mais comuns
para a prática dos exercícios funcionais.
Foto: Divulgação

O surf é umas das modalidades esportivas que mais cresce com o passar dos anos, seja por hobby ou então profissionalmente. No Brasil já são mais de 200 atletas profissionais que vivem especificamente do esporte, disputando campeonatos ao redor do mundo inteiro. A elite do surf, conta com 32 atletas, sendo 8 deles brasileiros, e uma etapa pode ter a premiação de até 100 mil dólares para o campeão. Esse constante crescimento do esporte acabou criando um novo segmento nas academias, voltado totalmente para a preparação dos atletas, o treinamento funcional visa uma melhora física e mental para o surfista, trazendo a ele os benefícios na hora de ir para água e um número menor de lesões.

Hoje existem academias especializadas somente em treinamento funcional, os exercícios e equipamentos são totalmente focados em movimentos para resistência, equilíbrio, respiração e flexibilidade. O fator mais relevante é que esse treinamento pode ser feito por qualquer adepto do esporte, seja ele amador, profissional ou praticante. Para Domingos João Felipe, professor de treinamento funcional e também surfista, nota-se uma procura maior por “surfistas de finais de semana” devido à periodicidade dos exercícios e explica que existe uma grande diferença desse treinamento especifico para a musculação convencional. “A musculação é um treino localizado, voltado para estética. O funcional voltado para o surf é um treinamento global que envolve várias partes do corpo aprimorando a consciência corporal do surfista”, explica.

Perguntado sobre a prevenção de lesões, Felipe ainda afirma que essa pratica é ideal, pois os movimentos reproduzidos em solo são repetidos quando o atleta está dentro da água. “O treinamento funcional reproduz os movimentos específicos da modalidade, antecipando uma defesa do corpo para movimentos inesperados durante o surf.”, comenta.

Para os atletas a melhoria pode ser sentida até mesmo longe das praias. Pedro Niccioli pratica treinamento funcional há 3 meses e, de acordo com ele, os resultados são satisfatórios. “Sinto uma grande diferença. Me sinto mais disposto no dia a dia e meu corpo esta mais bonito, treinamento funcional tem me feito muito bem”, explica. Ele completa que além dos benefícios corporais a evolução também é sentida no surf . O treinamento funcional me proporciona elasticidade e força para praticar o surf e fazer as manobras com mais facilidade e técnica, pois esse tipo de treino oferece equilíbrio e concentração.

18 de out. de 2013

Exposição 30x Bienal: Retrospectiva de arte brasileira

Obras que representam diversas fases da arte brasileira estão reunidas em exposição no Ibirapuera
Por: Mayara Almeida e Raíssa Fernandes

30x Bienal apresenta diversas obras de artistas
que já foramexpostas ao longo das 30 edições
do evento. Foto: Raíssa Fernandes

A exposição “30x Bienal – Transformações na arte brasileira da 1ª a 30ª edição”, em exibição no prédio da Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, traz a seleção de cerca de 250 obras de 111 artistas que já passaram pelo espaço ao longo das trinta edições, entre os anos de 1951 e 2012.

Justificando o nome, mas sem seguir fielmente a ordem cronológica, a exposição revela o contraste e as modificações das obras em cada período, como nas artes abstratas dos primeiros anos até as expressões contemporâneas dos dias atuais.

A artista plástica Marina de Lima ressalta a possibilidade de acompanhar momentos históricos e políticos vividos pelo Brasil. “Essa variedade de estilos e o contraste de obras de diferentes épocas nos aproxima da história de nosso país”, comenta.

Até 8 de dezembro, o público encontra pelos três andares do pavilhão, obras de artistas como Alfredo Volpi, Tomie Ohtake, Lygia Clark, obras interativas, os cartazes de divulgação de cada edição da mostra, e conta com a possibilidade de visitação monitorada.

30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição
Fundação Bienal de São Paulo - Parque Ibirapuera • Portão 3
Entrada gratuita
Ter, qui, sáb, dom e feriados: 9h - 19h (entrada até 18h). Qua, sex: 9h - 22h (entrada até 21h). Fechado às segundas-feiras. www.30xbienal.org.br 

17 de out. de 2013

Do Undergound ao Emo!

Por: Audrey Pujol

O documentário Do Underground ao Emo! estreou em julho no Canal Bis e atraiu O público que aprecia o “rock de garagem”. Dirigido por Daniel Ferro, nome reconhecido no cenário musical independente no Brasil, trabalhou com bandas dessa mesma cena, como Nx Zero, Fresno, Dead Fish, assim como bandas e cantores mais populares, como Michel Teló, Jota Quest e Chico Buarque.

O documentário, que conta com participações especiais de músicos conhecidos na cena independente, aborda as bandas da cena hardcore brasileira, no período da segunda metade da década de 90 até os dias atuais. Nessa fase, muitas bandas que hoje são referência no cenário nacional surgiram sem muita pretensão, apenas tocando por prazer e pela vontade de construir algo. Assim, foram ganhando espaço e conseguiram atingir o mainstream com suas letras.

Estive presente em muitos shows que aparecem no documentário. Era impressionante o quão forte era a cena underground em São Paulo. A proximidade das bandas, o fato de fazerem aquilo pelo amor à música ao invés de fama e dinheiro eram o que motivavam as bandas a continuarem. Exemplos como Dead Fish, Dance of Days, CPM22 e Garage Fuzz, fazem sucesso até hoje e nasceram nesse movimento que o documentário relata, mas o ponto que quero chegar é o que da nome a esse trabalho: Do Underground ao Emo! O filme fala justamente sobre isso. Por que a cena acabou? Ela realmente acabou? O que aconteceu com aquelas bandas da cena underground? Existiu mesmo o emo em São Paulo? Onde foram parar esses dois movimentos?

Para discorrer sobre o assunto, Daniel Ferro traz músicos de bandas que fizeram e ainda fazem da música o seu ganha-pão, produtores, fotógrafos e donos de casas de shows. Se você, como eu, fez parte dessa geração, vale muito à pena assistir!

Táxi elétrico é opção para paulistanos desde 2012

Parceria entre Prefeitura, Nissan, Eletropaulo e Adetax faz 10 táxis elétricos circularem pela capital paulista
Por: Allyne Pires


Há 37 anos, José Antonio é taxista e, hoje, dirigi um dos dez
táxis elétricos na capital. Foto: Divulgação 

“Ando até mais devagar quando estou com o táxi elétrico, para deixar mais gente bater fotografias com seus celulares”, afirma o taxista. O Projeto Piloto de Táxi Elétrico de São Paulo deu início no dia 6 de junho de 2012, com dois veículos. O objetivo da parceria entre a Prefeitura de São Paulo, Aliança Renault-Nissan, AES Eletropaulo e a Associação das Empresas de Táxis do Município de São Paulo (Adetax) é contribuir com a redução dos níveis de poluição. A cidade de São Paulo foi a primeira a desenvolver o projeto na América do Sul.

No dia 13 de dezembro de 2012, mais oito táxis elétricos foram colocados nas ruas. “Para viabilizar o projeto piloto, a Prefeitura de São Paulo procurou as empresas de táxis, que já haviam sido pioneiras no uso de combustíveis, como álcool e GNV; a Nissan, como fornecedora dos veículos; e a Eletropaulo, como fornecedora dos carregadores rápidos”, afirma a Adetax. Os taxistas, que conduzem os novos táxis, participam de treinamento oferecido pela Nissan. Segundo a associação de táxis, no treinamento os taxistas aprenderam sobre o conceito do carro e constataram que se trata de uma tecnologia moderna e simples.

José Antonio Nunes é taxista desde 1976 e, hoje, trabalha com um dos 10 veículos elétricos disponíveis em São Paulo. “É uma experiência completamente nova”, conta o taxista. Nunes diz que já pegou muitos passageiros e em todas as viagens tudo correu bem. “Ele tem uma arrancada ótima anda muito bem e, na bateria, roda mais de 100 km por, aproximadamente, R$ 8 pagos na conta de energia elétrica”, afirma.

Segundo a Adetax, se utilizarmos o cálculo de consumo de 10km/l de combustível, para rodar os mesmos 100 km o carro precisaria de 10 litros de álcool. Dessa maneira, ao colocar o valor médio de R$ 2,70 o carro teria um consumo equivalente a R$ 27,00, mais que o triplo do valor pago na carga elétrica. “Outro grande atrativo e diferencial é o fato do carro ser completamente silencioso, nem na hora de dar a partida é possível dizer, pelo barulho, se o carro está ou não ligado”, completa Nunes.

O automóvel é carregado pela dianteira e avisa o quanto
já está carregado. Foto: Allyne Pires
Apesar de apoiar o projeto e gostar do carro, Nunes acredita que será preciso ajustar a carga de impostos que recai sobre o carro para que mais empresas de táxi e, principalmente, taxistas autônomos possam investir nessa tecnologia.

Para o carregamento dos táxis elétricos foram colocados cinco pontos de recarga rápida de 30 minutos, que estão instalados nos estacionamentos das concessionárias Nissan, independente do horário de funcionamento. As sedes das empresas de táxi também possuem os carregadores instalados, estes levam até 8 horas para ter a carga completa. A Adetax fornece ao taxista um cartão com um crédito mensal para passar na máquina e liberá-la para carregar o automóvel. A bateria fica na dianteira do carro, que avisa quando está totalmente carregado e a máquina para de fornecer energia. Nos postes onde ficam os pontos de recarga há um transformador verde especialmente para abastecer a unidade carregadora.

Na primeira fase, junho a dezembro de 2012, com apenas duas unidades do veículo foram transportados 2.400 passageiros, cada veículo percorreu cerca de 10.000 km, rodando em média 6 horas por dia, de segunda à sexta-feira. Os táxis partem dos pontos localizados na Av. Paulista com a Rua da Consolação; na Av. Engenheiro Luis Carlos Berrini; e em frente ao Teatro Municipal, no centro de São Paulo. Além dos dez carros elétricos Nissan LEAF 100% elétrico, há ainda 20 unidades de automóveis híbridos – dois motores: um movido a eletricidade e outro a combustão – Toyota Prius utilizados pelos taxistas paulistanos.

As corridas feitas nos táxis elétricos são tarifadas da mesma forma que as realizadas nos táxis comuns: bandeirada inicial mais valor apurado no taxímetro.

Confira a economia com o uso da energia elétrica:
CATEGORIA
10.000 KM RODADOS
Energia elétrica (R$0,29114/kWh)
R$ 537,15
Gasolina (R$ 2,75 por litro)
R$ 2.291,66
Etanol (R$ 1,70 por litro)
R$ 2.125,00
Economia média do uso da energia elétrica em relação a gasolina
- 76,56 %
Economia média do uso da energia elétrica em relação ao etanol
- 74,72 %

    Fonte: AES Eletropaulo

Concessionárias com carregadores de carga rápida: 
Grand Brasil Lapa (Rua Heliodoro Ébano Pereira, 174) - Lapa
Grand Brasil (Av. dos Bandeirantes, 1585) – Itaim Bibi
Fuji Japan (Av. Professor Luiz Ignacio Anhaia Mello, 1655) – Vila Prudente
Fuji Vila Guilherme (Av. Joaquina Ramalho, 62) – Vila Guilherme
Sinal Tatuapé (Rua Almirante Brasil, 200) - Mooca

16 de out. de 2013

A Rede Social – O Filme

Por: Mariana Passos

A Rede Social é um filme americano de 2010, roteirisado por Aaron Sorki, sobre a fundação da rede social Facebook e seus desdobramentos. O filme foi dirigido por David Fincher, com um elenco composto por Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Armie Hammer, Max Minghella, Josh Pence, Brenda Song, Joseph Mazzello, Rashida Jones e Rooney Mara. Nenhum funcionário do Facebook ou seu fundador Mark Zuckerberg, se envolveu na produção do filme. Em alguns países, o filme foi classificado como "inadequado para menores de 14 anos".

Mark Zuckerberg é um gênio da computação que após levar “um fora” resolve criar, numa espécie de vingança, um site para descobrir qual a garota mais gostosa da universidade. Com a ajuda de seu amigo Eduardo Saverin, invade os computadores e consegue todas as fotos das estudantes. Essa brincadeira acabou levando os computadores da universidade ao colapso devido à enorme quantidade de acessos. A fama pelo que fez logo se espalhou chamando atenção da comunidade dos “garotões sarados”, que lhe fizeram uma proposta para montar um site e divulgar o clube fechado ao qual pertenciam. Mas, como uma ideia leva a outra, Mark resolve em paralelo criar algo melhor e contando com a ajuda financeira de Eduardo ambos embarcam nesse empreendimento que chamaram de “The Facebook”. O sucesso, quase que instantâneo, causa a inveja dos garotos que haviam feita a proposta à Zuckerberg e passam a acusá-lo de roubar suas ideias. Para complicar mais ainda, sua ambição e paixão pelo projeto, leva também o fiel amigo Eduardo, sentindo-se traído, a se afastar. Um filme não oficial que conta a história da criação do site facebook e tudo o que aconteceu da sua criação até os tribunais de justiça americanos. Afinal, você não faz 500 milhões de amigos sem ganhar alguns inimigos!

Com uma linguagem bem complexa e rápida o filme divide opiniões sobre a qualidade do filme, uns achando-o bem cansativo, já outros fascinante. Atualmente são mais de 14,58 milhões de uploads de fotos por hora, ou seja, 243 mil por minuto ou 4 mil por segundo. Nem o site especializado em fotografias Flickr recebe tantas fotos: são "apenas" 3,5 milhões por dia, segundo o The Verge, e o total é de oito bilhões.

“A Rede Social” é um filme sobre a criação do Facebook, mas vai além. A história também é sobre as relações cada vez mais vazias que começaram a ser criadas a partir da internet e das suas redes sociais. As pessoas passaram a dar mais importância a conhecer outras pessoas e a se conectarem a elas, não mais pelo convívio pessoal, mas sim por estarem ligadas na internet. Em uma rede social, as pessoas disputam seguidores ou amigos, quanto maior for a quantidade de visualizações em seu perfil, mais popular a pessoa se torna. Mas qual é o real significado da amizade, se não a de poder conversar, confidenciar segredos, abraçar, ou até ter um ombro amigo pra chorar. Quantos desses “amigos virtuais” realmente são seus amigos?

Disciplina pode evitar lesões no Jiu-Jitsu

Ansiedade e falta de atenção aos treinos são os principais causadores de lesões no esporte
Por: Verônica Honorato

Chave de braço, conhecida como “Arm lock” e
“Leg lock”. Foto: Verônica Honorato

O Jiu-jitsu (ou arte suave) é a mais antiga das artes marciais. Sua pratica é capaz de proporcionar benefícios à saúde física e mental, porém por ser um esporte de grande contato físico também é causador de graves lesões. Principalmente se for orientado por um profissional sem capacitação adequada. Segundo dados da revista eletrônica “Saúde CESUC” (2010), um programa de treinamento mal elaborado ou mal vivenciado pode acarretar em lesões seríssimas de efeito imediato ou retardado.

O atleta pode vir a lesionar-se não só durante a fase de treinamento, como na fase de competição em decorrência de um programa cujas atividades tenham sido incorretamente planejadas ou executadas. Existem seis técnicas no Jiu-Jitsu desportivo permitidas em competições que são: chaves, torções, estrangulamentos, pinçamentos, imobilizações e projeções. Todas podem causar sérios traumas quando aplicadas com toda magnitude.

Anderson Batista da Silva treina Jiu-Jitsu
há 16 anos. Foto: Verônica Honorato
O professor de inglês Kleyr Ermacora treina Jiu-Jitsu há dez anos e afirma ter sofrido inúmeras lesões que foram agravadas devido à ansiedade de voltar ao treino. “Não me lembro quantas lesões já sofri, porém a mais intensa foi no tornozelo após uma chave de perna. Consegui me recuperar depois de três meses, mas poderia ter voltado antes se não tivesse me precipitado e recomeçado os treinos antes de estar preparado”, comenta.

Anderson Batista da Silva, professor graduado pela Federação Paulista de Jiu-Jitsu, defende um treinamento que exige cuidados. “Não acho que seja possível impedir lesões neste tipo de esporte, mas tento evitar e por isso prezo um treinamento iniciado com aquecimentos”, afirma. Em 12 anos de carreira, o Silva destaca que nunca teve um aluno ferido gravemente. “As lesões que ocorreram foram consequência de treinos mal executados por falta de paciência e atenção deles. Alguns querem ir rápido demais e isso acaba prejudicando o treino e até mesmo ocasionando ferimentos. Por isso, a disciplina é importante”, completa Silva.

A fisioterapia é imprescindível no tratamento desses traumas, tanto nas aulas, sessões de treinamento quanto nas competições de alto nível. Segundo a fisioterapeuta Fabiane Ortiz, a crioterapia pode ser o método ideal para a cura de lesões neste tipo de esporte. “O que define o tratamento é a particularidade de cada lesão e o tipo de tecido ou capsula acometida, mas se fosse colocar em uma ordem ela seria: redução de edema e redução de dor. E a crioterapia é o método ideal para ambas as categorias”, explica. Definida como “terapia fria” esse método retira o calor do corpo através de gases, gelo ou água. Atualmente, é uma das técnicas mais utilizadas pelos fisioterapeutas no esporte, pois é de baixo custo e fácil execução.

A fisioterapeuta ainda ressalta que, em alguns casos, o atleta lesionado precisa passar por procedimentos cirúrgicos. “Dependendo do tecido acometido, articulação ou capsula articular e da intensidade da lesão, pode ser necessário até um procedimento cirúrgico para reparação total. Lesões liganentares e tendinosas são praticamente impossíveis de serem totalmente reparadas, mas lesões musculares graves são possíveis de serem reparadas totalmente entre 6 e 12 meses”, conclui.

15 de out. de 2013

Ateísmo e Jornalismo

Por: Murillo Magaroti*

Já fazia algum tempo que eu não acessava a página da Atea, organização da qual sou associado – desde 2011, se não me falha a memória. A Atea é a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos e, segundo o próprio site, tem como objetivos ‘congregar ateus e agnósticos’; ‘combater o preconceito e a desinformação a respeito do ateísmo e do agnosticismo’, ‘promover a laicidade efetiva do Estado (...) o pensamento crítico e o método científico’; entre outros - ver site www.atea.org.br.

Algumas coisas da época em que me associei permanecem por lá – campanha do ônibus, processo contra o Datena, argumentos contra teístas. Algumas conquistas, como a veiculação da campanha do ônibus em duas capitais – Salvador e Porto Alegre (também em outdoors) –, participação como convidada na Cúpula dos Povos no Rio+20 e a condenação, em primeira instância, do citado jornalista/apresentador. Existe ainda uma aba intitulada ‘Imprensa’. 

Ao contrário do que era de se esperar, em vez de trazer um contato de um assessor de imprensa ou empresa que forneça tal serviço, a tal aba trata do posicionamento jornalístico, muitas vezes proselitista. Ela traz uma espécie de cartilha sobre alguns termos que devem ser evitados, tais como Deus, Nossa Senhora, Virgem Maria e Jesus Cristo, já que, ao serem inseridos em um texto, evidenciam posicionamento do autor.

Para um país com maioria ainda católica e, sobretudo, cristã, como o Brasil - segundo o Censo de 2010 do IBGE, 86,6% da população é cristã – parece ‘normal’ que se escreva deus com letra maiúscula (afinal, há apenas UM deus) ou adicione o título de Cristo a Jesus, mas, ao serem empregados em texto jornalístico – informativo –, quebram o princípio de isenção. A ‘editoria’ do site da Atea serve como um Manual de Redação para todo jornalista, diplomado ou não, uma vez que os próprios manuais de redação não dão orientação sobre os ‘termos’. O Estado de S. Paulo nem cita em seu manual qualquer um deles. O próprio dicionário da língua portuguesa, companheiro quase inseparável do jornalista apresenta deus apenas com ‘D’. O Manual de Redação da Folha de S. Paulo só contém orientações a respeito de ‘Deus’ ou ‘deus’ – e de forma equivocada. O manual diz para utilizar Deus ‘quando designar o ser transcendente, único e perfeito das religiões monoteístas’ e deus ‘quando designar deuses de mitologias’ e cita a mitologia egípcia. Além de se quebrar o princípio de isenção do texto jornalístico, ao se referir ao deus cristão com ‘D’ e aos deuses dos egípcios com ‘d’ carimba-se um dogma, impõe-se uma verdade à sociedade - e não somos os deuses da verdade, somos?

Números
Segundo o mesmo Censo de 2010, os ateus no Brasil são 615.096 e os agnósticos, 124.436. Os dois representam, dessa forma, 0,39% da população. A estimativa da Atea é que sejam 2% da população, ou 4 milhões de habitantes. O país mais ateu, em percentuais, é a Suécia, onde se estima que 85% da população seja ateísta; a China concentra o maior número: 181,8 milhões de ateus.


*Murillo Magaroti, futuro jornalista, agnóstico ateísta

Exposição leva a obra de Stanley Kubrick ao Museu da Imagem e do Som

O diretor era conhecido por apresentar inovações técnicas e dirigir filmes com temas diversos
Por: Leandro Correia

Kubrick nos bastidores de 2001 – Uma
Odisseia no Espaço. Foto: Divulgação

Chamada de vídeo através de aparelhos eletrônicos que proporcionam comunicação visual com outra pessoa que esteja há quilômetros de distância pode parecer algo recente, revolucionário e até impensável há alguns anos. Mas, em 1968, o diretor Stanley Kubrick já abordava essa tecnologia, naquele que talvez seja sua obra-prima: "2001 - Uma Odisseia no Espaço". A grandiosidade de toda a obra do diretor americano, também responsável por outros clássicos do cinema como "Laranja Mecânica", "O Iluminado", "Lolita" e "Spartacus", estará exposta ao público no Museu da Imagem e do Som, a partir do dia 11 de outubro.

A mostra que ficará no museu até janeiro de 2014, apresenta a singularidade das obras e influências do diretor a partir de centenas de documentos originais, como materiais em áudio e vídeo e diversos objetos de cena, desde os figurinos até scripts e fotos utilizados em seus longas-metragens. Será possível conferir de perto a roupa das gêmeas de "O Iluminado", o capacete dos soldados de "Nascido Para Matar" ou o kit de sobrevivência do "Dr. Fantástico".

Roupa utilizada no filme Laranja Mecânica também
será exposta. Foto: Divulgação
Segundo a assessoria do museu, o diretor executivo do MIS André Sturm, ficou responsável por adaptar a exposição de maneira exclusiva, proporcionando aos visitantes uma experiência sensorial inovadora no rico universo de Kubrick. “Cada espaço reserva grandes surpresas, e temos certeza de que essa exposição será inesquecível para cada um dos visitantes. A ideia é que ela incentive não só os admiradores de Kubrick, como também grande parte do público que desconhece o universo deste grande diretor", revela. A curadoria da exposição é de Hans-Peter Reichmann e conta com a colaboração de Christiane Kubrick, viúva do cineasta. O MIS também será coeditor do livro "Conversas com Kubrick", de Michel Ciment (Cosac Naify), que será lançado esse mês.

A visitação acontece entre os dias 11 de outubro e 12 de janeiro de 2014. O Museu da Imagem do Som é aberto de terça a domingo, em horários alternados. Os ingressos vão de R$ 5,00 à R$ 20,00, com entrada gratuita às terças-feiras. Para mais informações, acesse o site: www.mis-sp.org.br.

14 de out. de 2013

Imprevisível e fabulosa

A filiação de Marina Silva ao PSB (Partido Socialista Brasileiro), anunciada de forma inesperada no dia 05, acirra as eleições de 2014. A atual presidente Dilma Rouseff do PT (Partido dos Trabalhadores), tinha poucas chances de enfrentar um segundo turno para concretizar sua reeleição, segundo dados do IBGE e Datafolha. Sem a aliança entre a ex-senadora e o atual governador de Pernambuco, Eduardo Campos — possível candidato do PSB à Presidência da República —, a única frente ante ao PT seria o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), em constante queda nas pesquisas de intenção de voto.

Ao passo que o vale tudo eleitoral se estende, a demagogia atinge níveis detestáveis. Marina Silva é o paradoxo político em pessoa. Assegurou ter adeptos suficientes para registrar seu novo partido Rede Sustentabilidade e fazer oposição à polarização PT-PSDB. No entanto, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitou o registro da Rede quase por unânimidade, — apenas um voto favorável. A decisão foi tomada por uma razão única: quantidade insuficiente de assinaturas, constatado pela procuradoria eleitoral do MP (Ministério Público).

Deste modo, se Marina realmente tivesse compromisso com o antagonismo ao PT-PSDB, não teria firmado parceria com Campos, já que o PSB se aproxima de um palanque duplo com o PSDB nos estados de São Paulo e Minas Gerais, maiores colégios eleitorais do Brasil. A contradição vai além. Paulo Bornhausen, recentemente filiado ao PSB, é criticado pelos próprios redistas por representar velhas oligarquias no estado de Santa Catarina e por sua família ser conservadora nas questões ambientais. Marina é conivente à tudo, independente de suas ideologias.

A aliança Marina-Campos foi de fato surpreendente. Marina dizia com toda certeza que seria a candidata da mudança, do partido diferente. Seu sonhático discurso atendia à insatisfação espetacularizada dos recentes protestos no país. Porém, no pragmático, a história seguiu seu ciclo repetitivo de criar pseudodissidências.

Exercício físico ajuda no tratamento de Alzheimer

Atividades aeróbica contribuem para melhoria da doença
Por: Verônica Honorato

A causa do Alzheimer é desconhecida, mas cientistas
já conseguiram identificar um componente genético
do problema. - Foto: Banco de Imagens

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do sistema nervoso central que leva a morte dos neurônios, ao impedimento das funções cognitivas e também das funções motoras. A evolução da doença afeta a capacidade de aprendizado, orientação, compreensão e linguagem, mas exercícios físicos são capazes de retardar seu desenvolvimento, quando praticados regularmente.

O médico neurologista Roger Soares explica como o exercício físico ajuda a estabilizar a doença. “O exercício físico regular parece ser uma das formas de contrabalançar essa produção anômala das proteínas beta-milóide das placas senis e dos emaranhados neurofibrilares, além disso, favorece também a proliferação dos neurônios especialmente na região do hipocampo que é uma região ligada às funções de memória”, explica.

Soares informa ainda quais são os tipos de exercícios ideias para pessoas com Alzheimer. “Os exercícios devem ser do tipo aeróbico praticado de forma leve ou moderada por volta de trinta minutos diariamente. Mesmo as pessoas que já começaram a desenvolver a doença num estágio mais avançado vão ter benefícios se começarem a ter uma atividade física regular”, comenta.

Segundo dados da ABRAZ (Associação Brasileira de Alzheimer), no Brasil existem cerca de quinze milhões de pessoas com mais de sessenta anos de idade. Seis por cento delas sofrem do mal de Alzheimer.

12 de out. de 2013

Exposição traz olhar desmistificado da sexualidade

Interiores: Diversidades chega a sua 16a. edição no SESC Pinheiros
Por: Gabriela Ferraz

“A exposição desperta o silêncio nas pessoas”,
afirma Walter Antunes. Foto: Divulgação

A exposição ”Interiores: diversidades”, idealizada por Fabio Takarashi e Walter Antunes, está exposta no Sesc Pinheiros (SP) até 10 de novembro. Ela mostra o cotidiano do público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), como o ambiente em que vivem e convivem, seus laços, bandeiras e histórias.

Segundo Walter Antunes as fotos tem o objetivo de questionar o olhar preconceituoso da população. “As pessoas precisam baixar os muros e ver o outro, ver o outro como ele é”, complementa Antunes. O projeto foi inicialmente desenvolvido por meio do GADA (Grupo de Amparo ao Doente de AIDS), em São José do Rio Preto (SP). A primeira exposição contava com 20 fotos. Atualmente com a participação do público e das pessoas fotografadas, a exposição apresenta 44 fotos do cotidiano LGBT.

De acordo com a Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural, elaborada pela a Unesco, a cultura deve ser considerada como o conjunto dos traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de viver juntos, os sistemas de valores, as tradições e as crenças. Para a estudante Barbara Martins, as fotos aproximam as pessoas porque tratam o assunto com naturalidade e realidade. 

As fotografias também integram um livro, publicado pelo GADA com apoio da Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto em 2010, sobre a exposição que leva o mesmo nome.

11 de out. de 2013

Promessas e falta de patrocínio no voleibol feminino de Jacareí

Com a falta de patrocinadores jogadoras deixam de participar do Campeonato Paulista de Voleibol
Por: Mariana Passos e Giannina Chieffi

Bruno, levantador do Al-Arabi Sporting Club. Foto: Divulgação

Promessas de clubes são sempre tratadas como casos isolados, mas no mês de agosto um caso veio à tona, o Clube de Voleibol Feminino de Jacareí ganhou grande repercussão após o escândalo da falta de patrocínio. O Jacareí é um time do interior do Estado de São Paulo, que disputaria a primeira divisão do vôlei brasileiro, 15 jogadoras estão há três meses sem receber salário, após serem enganadas pelo próprio técnico com promessas e a criação do novo projeto, segundo o grupo.

Liderado por jogadoras experientes, como a levantadora Fernandinha, campeã olímpica com o Brasil em Londres 2012, e Renatinha Colombo, o time conta com mais 13 jogadoras que afirmam terem sido enganadas pelo técnico Robson Guerreiro, o Robinho, que convidou as atletas para integrarem o clube, com a promessa de dois patrocinadores acertados: Sedex e o BRB (Banco de Brasília). O grupo se apresentou no início de junho e, desde então, não recebeu um centavo. Os patrocinadores não chegaram e a única mudança na equipe foi a saída do treinador. Os treinos para o campeonato paulista passaram a não ser mais o foco principal, mas sim a busca por patrocinares, onde as atletas saem pessoalmente para buscar recursos que mantenham vivo o projeto recém criado.

Muitas são as promessas dentro do mercado esportivo, o sonho de ir para um time fora da sua cidade ou fora do seu país acabam sendo mais importante do que valores pelos honorários a receber por trabalhar no clube, e muitos esportistas acabam se deparando com esta realidade. Atletas dormem no mesmo quarto, a comida é racionada e, muitas vezes, os salários não são pagos como o combinado. Jogador de Vôlei desde os 16 anos de idade, Bruno atual levantador do Clube Al-Arabi Sporting Club do Kuwait, acredita que o sonho pode influenciar numa decisão precipitada. “O ideal é pesquisar com outros jogadores sobre o clube, e quando se tratar de clube novo, verificar todas as cláusulas do contrato para evitar problemas futuros”, explica.  Já o jogador Jean Pablo do Clube Atlético Mineiro acredita que o melhor, para não sair no prejuízo, é contar com bons agentes e empresários.

Curso torna pessoas “comuns” em pilotos por um dia

Pilotar um carro de corrida em um autódromo mundialmente conhecido, deixou de ser mérito de pilotos consagrados com o curso “piloto por um dia”
Por: Renata Vieira

Autódromo de interlagos, ao fundo, carro pilotado por aluno do
curso “piloto por um dia”. Foto: Thyffany Sant’anna

Quem nunca sonhou em dirigir um carro de corrida em um dos maiores monumentos do automobilismo mundial? Sentir a sensação de guiar um carro em um local que foi palco de grandes corridas com grandes nomes do automobilismo como Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi? A partir desse pensamento que escolas de pilotagem ao redor da região de Interlagos, resolveram criar o curso “Piloto por um dia” que tem o intuito de oferecer esta sensação.

O curso já existe há 5 anos e tem como objetivo não somente oferecer a sensação prazerosa de se pilotar em alta velocidade, mas também de trazer as técnicas e fundamentos do automobilismo esportivo para a pilotagem nas ruas. “Muitos dos conceitos passados durante o curso de piloto por um dia podem ser aplicados fora das pistas de competição e, o ensino de técnicas para manter o carro o mais equilibrado possível (fazer curvas com segurança) ou mesmo o uso correto da força motriz,” conta Roberto Manzini, proprietário e fundador do centro de pilotagem Roberto Manzini.

O treinamento conta com a aula teórica, que aborda assuntos como a estrutura do automobilismo esportivo e a parte técnica, que explica e ensina como pilotar um carro de corrida. Por fim, a parte prática, onde o aluno irá pilotar um carro juntamente com um piloto/instrutor. O curso ainda auxilia o motorista a perder vícios, como segurar o volante de forma inadequada, contribuindo com uma forma mais segura de se pilotar o carro no trânsito e tem duração de 6 horas.

O curso “Piloto por um dia” não tem como objetivo formar pilotos profissionais, mas sim atender aos que desejam conhecer as técnicas de pilotagem esportiva e não dispõe de tempo. Segundo Manzini, é muito comum que alunos iniciem o curso e, após verificar a diferença entre este e o de pilotagem esportiva, acabam por realizar os dois e, até mesmo seguir na carreira de piloto profissional.

10 de out. de 2013

Competição dentro de uma sociedade

Por: Allyne Pires

A evolução da espécie na concepção biológica não tem nenhuma semelhança com a ideia de evolução na visão social. Enquanto esta se refere ao progresso socioeconômico, aquela relata o processo de alteração gradativa em um ser vivo. Muito antes de se pensar no modo de produção capitalista vigorava o primitivo que se baseava na divisão de conquistas, como terras e alimentos, entre a tribo, não havendo, portanto, a ideia de classes sociais. Esta noção começou a surgir quando o homem deu início a territórios, não sendo mais nômade, dessa forma, originando a exploração do homem pelo homem e os mais fracos tonando-se escravos.

Com o passar dos anos, o capitalismo entrou em vigor, dando lugar à propriedade privada, mão de obra livre e assalariada e empresas visando a um lucro futuro. Tal modo de produção também levou à competição do ser humano na sociedade.

Essa rivalidade gera um individualismo, por exemplo, dentro de uma empresa, pensando em si próprio para crescer, ganhar cada vez mais capital e pelo seu bem-estar, o indivíduo não pensa no outro. Independente se o colega de trabalho esteja bem, a pessoa não se interessa em ajudá-lo e sim procura sempre uma oportunidade para dizer ao patrão algo de errado que tal fez, assim não tendo mais que mostrar ser o melhor.

Esse individualismo cada vez maior prejudica na população como um todo. Como em uma cadeia alimentar, em que o mais forte e veloz caça o mais fraco, em uma metáfora o ser humano está se tornando como tal, sendo cada vez mais difícil conviver com o próximo.

Governo de São Paulo anuncia 59 mil vagas para professor

As inscrições devem ser feitas até as 23h59 do dia 16 de outubro; a taxa é de R$29; 20 mil devem ser preenchidas já em 2014
Por: Murillo Magaroti

Os salários vão de R$ 677 a R$1.354. Foto: Murillo Magaroti

O Governo de São Paulo anunciou no dia 26 de setembro a abertura de concurso público para preenchimento de 59 mil cargos de professor do Ensino Básico II, que compreende as séries finais do Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

As inscrições devem ser feitas até as 23h59 do dia 16 de outubro pelo site http://fgvprojetos.fgv.br/concursos/pebsp; a taxa é de R$29. A prova será realizada no dia 17 de novembro e terá 82 questões - 52 conhecimentos pedagógicos, sendo duas dissertativas, e 30 de conhecimentos específicos, de acordo com a formação do professor.

Os professores serão selecionados para lecionar Arte, Biologia, Ciências Físicas e Biológicas, Educação Física, Física, Filosofia, Geografia, História, Língua Espanhola, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e Educação Especial – Deficiências Auditiva, Física, Intelectual, Visual e Transtornos Globais do Desenvolvimento. Há vagas para 91 diretorias de ensino em todo o Estado; 13 na capital.

Os aprovados no concurso poderão escolher entre duas jornadas, de nove e 19 aulas semanais e salários de R$ 677,35 e R$ 1.354,70, respectivamente. Segundo a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, a carga horária poderá ser ampliada nas atribuições de aulas. A previsão da Secretaria de Educação é de que em 2014 20 mil das 59 mil vagas já sejam preenchidas.

9 de out. de 2013

Confiar: Um filme polêmico e comovente

Por: Verônica Honorato

Confiar já é o título ideal para a trama que retrata o abuso real sobre crianças. A produção dirigida por David Lawrence Schwimmer encena este fato que fere muitas famílias sem amenizar para o espectador as severas consequências. O drama norte-americano foi filmado em Michigan.

O filme conta a história de Annie (Liana Liberato) de catorze anos. Uma garota de uma típica família americana que a todo o momento fica online conversando com Graham (Chris Henry Coffey) numa sala de bate-papo. Ela estabelece uma amizade com este rapaz onde a confiança é sempre primordial. Com ele, Annie expõe pensamentos e sentimentos que jamais compartilhou com seus pais (Clive Owen e Catherine Keener). Talvez por isso, Graham não demora para confessar que é mais velho. Um encontro é marcado e Annie se depara com um sujeito que tem o triplo de sua idade. O pior acontece, mas Annie não se comporta como vítima, pois está convencida do amor que Graham manipulou ao longo de inúmeras mensagens de texto.

São 106 minutos de indignação. A trama possui cenas de sexo, aliciamento e um final impressionante (ou decepcionante). O filme começa sem grandes acontecimentos, mas logo prende a atenção através das atitudes tomadas por Annie. Porém, já é demais mostrar que uma garota de catorze anos nos dias de hoje seja tão ingênua. Atualmente existem vários meios de alertar perigos com esse, inclusive a internet.

Deixar pais neuróticos com o que os filhos andam vendo ou fazendo na internet, na companhia do seu notebook e de quem quer que esteja do outro lado, talvez seja o objetivo deste filme. A primeira vista o filme parece quadrado, cuja mensagem de "cuidado com quem você fala na internet" ou "não confie em estranhos" acaba martelando na cabeça do espectador, mas uma grata surpresa acontece e o filme se revela rico em subtítulos e boas atuações.

O tema indiscutivelmente polêmico que Confiar representa foi realizado de forma até que satisfatória por David Schwimmer. Isso foi surpreendente. Schwimmer foi criado em Los Angeles onde entrou em um curso de arte dramática. Depois de concluído o curso, um de seus instrutores o encorajou a entrar em um programa de verão da universidade Northwestern, em Chicago. Com mais sete graduados em Northwestern, em Chicago, monta a Companhia de Teatro de Chicago Lookingglass. Em 1993 Schwimmer começou a atuar na TV no programa "Monty". Seus outros programas na TV incluem séries como "NYPD Blue", "Blossom" e "The single guy". David Lawrence Schwimmer é muito conhecido por interpretar o personagem Ross Geller na série de TV fechada Friends.

Portanto, recomendo este filme para aqueles que desconhecem o mundo virtual no qual seus filhos estão diariamente inseridos, seja no computador, ou no celular e também para quem gosta de sentir fortes emoções.

Título Original: Trust
Ano de Produção: 2010
Direção: David Schwimmer
Roteiro: Andy Bellin e Robert Festinger
Elenco: Liana Liberato, Clive Owen, Catherine Keener, Jason Clarke, Viola Davis, Chris Henry Coffey, Spencer Curnutt, Aislinn DeButch, Noah Emmerich, Olivia Wickline, Zoe Levin, Zanny Laird, Yolanda Mendoza, Shenell Randall, Ruth Crawford, Marty Bufalini e Tristan Peach.

8 de out. de 2013

Que cidadãos são estes?

Temos acompanhado pela imprensa o julgamento dos chamados “mensaleiros”. Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal votaram e a maioria decidiu dar uma nova chance para os réus - já julgados e condenados por diversos crimes –, que poderão entrar com um novo recurso tendo a possibilidade de absolvição. Vivemos uma crise na justiça brasileira, sua lentidão e diversas falhas na legislação impedem que a mesma seja feita. A corrupção toma conta de diversas pessoas públicas, o Brasil é uma pátria deturpada, na qual a desigualdade social dita as regras de quem responde ou não criminalmente. Enquanto muitos têm menos que o suficiente para sobreviver e poucos tem quantias exorbitantes em contas bancárias - muitas vezes secretamente fora do país -, as brechas na justiça só são utilizadas por quem tem um alto poder aquisitivo. Enquanto cidadãos humildes são condenados a anos de prisão por furtar um pote de margarina ou uma galinha, políticos corruptos são absolvidos por roubarem milhões de um dinheiro que deveria ser destinado à melhoria de vida das pessoas que não têm condições de sustentar sua família. Há décadas são feitas as mesmas perguntas: Que país é este onde reina a desigualdade? Que país é este onde algumas pessoas morrem de fome e outras de obesidade? Que país é este onde cidadãos morrem em filas de hospitais por não existir um único médico na cidade? Que país é este onde adolescentes não sabem nem assinar seu próprio nome? Porém, antes de questionarmos todos estes pontos, devemos nos questionar uma única coisa: Que cidadãos somos nós que aceitamos todas as decisões desses políticos que nós mesmos elegemos?

Novas Estradas

Por: Cristian Drovas

A indústria do entretenimento, desde sua concepção, mostra-se uma religião dogmática, difícil de ser modificada. Independente do meio (TV, cinema, rádio, etc.), não são raros os casos de profissionais da área que reclamam das inúmeras restrições e freios criativos impostos por decisões de gabinetes. Mas, recentemente, novos fatores obrigam essa máquina industrial a olhar para outro ângulo.

Em entrevista a Forbes, o diretor de fotografia da série Breaking Bad, Michel Slovis, apontou o Netflix como fator fundamental da popularização da obra originalmente produzida para a AMC. “Eu não sei os números, mas houve um período de tempo em que o Netflix estava orgulhoso pelo fato de que mais pessoas assistiram Breaking Bad por lá do que no canal AMC. Nós construímos uma audiência porque eles [telespectadores] são capazes de fazer maratonas de programas e nos alcançar”. Em outra entrevista, o vice-presidente de compra de conteúdo da Netflix, Kelly Merryman, declarou ao site holandês Tweakers que a empresa usa sites piratas para determinar quais programas inclui em seus serviços.

A Netflix é uma empresa especializada em fornecimento de vídeos via streaming. De acordo com a pesquisa da Pricewatercoopers, realizada em setembro de 2013, mais de 63% dos norte-americanos assistem filmes e outros conteúdos de TV pelo serviço de streaming da empresa no computador. Um dos motivos apontados na pesquisa está no investimento de conteúdo próprio como as séries House of Cards (vencedora de categorias técnicas no último Emmy Award) e Orange is the New Black.

A afirmação de Merryman traduz a postura atual da empresa e traz pontos interessantes à antiga discussão que envolve a indústria de entretenimento e as mudanças provocadas pela acessibilidade da internet. Embora não seja a única no seu segmento, a empresa comprova a tese que é possível obter sucesso financeiro e de crítica mesmo fora do nicho hollywoodiano e no turbilhão da pirataria.

No Brasil, o serviço de streaming tem uma participação mais tímida comparado a outros países. As principais empresas que oferecem esse serviço, além da própria Netflix, são companhias de comunicação como a Vivo (Vivo Play), Claro (Claro Vídeo) e através do serviço de TV a cabo com o NET NOW e Telecine Play (para assinantes da NET e Telecine, respectivamente).  Outros modelos de destaque são a Netmovies, apesar do maior foco no aluguel de DVDs e Blue-Rays, e o Crackle, serviço gratuito e com uma quantidade limitada de acervo.

Ainda é cedo afirmar que será o caminho que a indústria deve seguir nos próximos anos, principalmente no cenário nacional que ainda não possui uma velocidade de banda considerável a um preço acessível. Entretanto, o serviço de streaming já é uma realidade palpável no mercado e ignorar tal fato pode ser uma miopia tão fatal quanto à afirmação do executivo da HP ao jovem Steve Wozniak: Para que uma pessoa comum vai usar um computador?

OIT apresenta pesquisa de redução no trabalho infantil

Uma luta de anos para acabar com o trabalho infantil começa a surtir efeitos positivos
Por: Lívia Donadeli

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) levanta pesquisas há doze anos sobre a luta na redução do trabalho infantil. A estimativa, no último relatório gerado no dia 23 de setembro deste ano, mostrou o avanço na taxa que engloba 168 milhões de crianças trabalhando no mundo inteiro.

Hoje, um terço deste total diminuiu. Cerca de 78 milhões de crianças não fazem atividades remuneradas. O número de meninas foi particularmente significativo com redução de 40 % comparado com os meninos, 25%. “Tal resultado significa que os governos, as organizações de trabalhadores e empregadores, e sociedade civil se encontram no caminho correto e movendo-se na direção certa”, afirma o relatório disponível no site oficial da OIT.

As áreas mais afetadas com esse tipo de mão de obra são: África Subsariana, na qual uma em cada cinco crianças trabalha, percentual de 21,4%; Ásia Pacífico, 9,3% e América Latina e Caraíbas, com 8,8%. Em 2000, a faixa etária entre os 5 aos 14 anos era de 17,8%. Depois das ações feitas pelo IPEC (Programa para a Eliminação de Trabalho Infantil) caiu para 9,9%. O campo da agricultura ressalta o maior índice de trabalhadores, com 58,6%.

Os casos de trabalho perigoso também são destacados pelo seu alto número de participantes, 171 milhões, que compreende quando as crianças, por meio do esforço físico e precariedade na infraestrutura, possam prejudicar sua saúde. Este foi reduzido, no período de doze anos, para 85 milhões. Para Marcelo Bassani, economista e empreendedor, o problema não está exclusivamente no ato do trabalho infantil como sendo o único fato que limita uma sociedade a crescer, mas na direção que essas crianças terão após abandonar o trabalho. “A redução desse quadro, se não for acompanhado de ações politizadas e uma ação para onde vão vai alocar essas pessoas, poderá aumentar outros índices; criminalidade, doenças e morte”, explica Bassani. Há estimativa de acabar com esse grupo para mais de três anos de trabalho intenso.

O comprometimento dos governadores na Implementação das Conversões, da OIT durante esses anos de pesquisa, gerou diversos encontros para debater o tema e agregar parcerias. A divulgação deste estudo acarretou para o próximo debate, a 3˚ Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que será realizado em Brasília neste mês de outubro.

Homeopatia é a mais nova forma de tratamento no SUS

Sistema Único de Saúde fornece tratamento em toda a rede
Por: Glaucia Felipe

Os medicamentos homeopáticos também estão disponíveis em farmácias e drogarias e possuem registro da Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA). A professora Ana Lúcia Souza sofria de problemas no trato intestinal e fez seu tratamento a base de medicamentos homeopáticos fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “No começo sofri muito em função de diversos efeitos colaterais como náuseas e tontura e parece que a doença foi piorando ao invés de melhorar. Depois, percebi a melhora total do problema e indico o tratamento aos outros pacientes”, afirma Ana Lúcia.

O tempo para resultados no tratamento homeopático varia de doença para doença. Há casos em que ela é aguda e o tratamento é mais rápido. Existem exemplos de doenças que no primeiro dia de medicamento os pacientes já sentem melhora, já nos casos em que as doenças são crônicas o tratamento é um pouco mais demorado e pode levar mais tempo, explica a médica Ivonete Santana que trabalha como clínica geral da Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade de São Paulo.

Ivonete indica o tratamento a pacientes que estão dispostos a experimentar uma nova forma de se tratar e o mais importante de forma gratuita. A Organização Mundial de Saúde (OMS) implantou o novo método aos programas de Qualidade de Vida e Saúde na rede municipal e já atendeu diversos pacientes com o auxílio do programa que visa aumentar o número de pacientes usuários do programa. Para a homeopatia, as doenças são geradas pelo desequilíbrio do organismo por isso o médico investiga o paciente como um todo, trata o doente e não a doença.

A homeopatia é uma especialidade fundada no século 19 pelo alemão Samuel Hahnemann, que trata doenças de diversas áreas, mas que só obteve popularidade nos anos oitenta e assim se expandiu para vários países. Baseia-se em princípio semelhante cura semelhante, isso significa que uma pessoa doente pode ser curada por um medicamento que é capaz de produzir sintomas parecidos com o de uma pessoa que não tem a doença. Os medicamentos homeopáticos podem ser usados em pacientes de qualquer idade, até mesmo em recém-nascidos e idosos.

Aprovação do governo Dilma sobe seis pontos

Avaliação do governo federal sobe de 31% para 37% em menos de dois meses
Leonardo da Costa 

Comparativo de maio a setembro, época que as manifestações
aconteceram no país. Foto: Guilherme Cerveira

Segundo pesquisa encomendada pela CNI (Conselho Nacional de Indústria), a avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff subiu seis pontos e atingiu 37% de aprovação. Foram ouvidos 2002 eleitores entre 14 e 17 de setembro, em 142 municípios em todo o Brasil.

Mesmo com uma melhora em relação aos números da última pesquisa realizada no mês de julho, esses números são inferiores aos registrados antes das manifestações que tomaram conta do país no mês de julho. Antes o governo Dilma tinha aprovação de 63%, em pesquisa divulgada no mês de março, entretanto em uma pesquisa feita na época das manifestações o governo da presidente chegou a 31% de aprovação.

Para o especialista em política Marcelo Oliveira Santos, as manifestações de julho foram determinantes no resultado das últimas pesquisas. “Os números do governo caíram devido às manifestações que tomaram as ruas do país em julho, porém a tendência é que com o passar dos meses a presidenta recupere o seu prestígio, vindo muito forte para a disputa das próximas eleições”, afirma.

Ainda segundo a pesquisa, o lançamento do Programa Mais Médicos, foi essencial para o aumento na avaliação do governo, o programa foi lembrado por 18% dos leitores. Para Mauricio Pires, eleitor, a criação desse programa ajudou muito em uma melhor aprovação do governo, as pessoas dão valor a essa iniciativas, enfatiza.

A pesquisa também avaliou a maneira de governar de Dilma, os que aprovam a forma de governar passaram de 45% na pesquisa de julho para 54% no levantamento atual.

 
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