12 de nov. de 2013

Filhos da revolução?

Por: Juliana Costa

Cartazes, gritos sincronizados e passeatas. “O gigante acordou” gritavam muitos. Parecia um novo país. População unida em prol do bem comum. Era coisa de outro mundo… Finalmente os brasileiros despertaram. E para construir uma nova nação, o que custa apelar?

E lá vamos nós: depredações de orelhões, agências bancárias, carros escolhidos a esmo, pichações, lixeiras incediadas e pedradas nos fardados. Sim, eles nos oprimem. O governo nos oprime. Eles abusam de nós, nos roubam e nada fazem. Somos livres e estamos lutando pelos direitos da população. Lutamos na “guerra popular”. Como não queremos ser reconhecidos, afinal não queremos fama, escondemos nossos rostos. Somos heróis e como tal não nos mostraremos. Onde já se viu? O Batman mesmo não mostra sua face.

E mais confrontos. Queremos transporte público gratuito mas antes vamos incendiar alguns ônibus. Afinal, o povo não ficará chateado se, no dia seguinte, tiverem dois ou três ônibus a menos na linha. Vamos quebrar caixas eletrônicos e terminais de ônibus. Isso não atrapalhará em nada. A população nos entenderá. Sabem que isso é para o bem de todos.

Andamos de preto, pois somos apenas um. Somos um todo. E também porque preto é uma cor legal. Combina com tudo. Inclusive com o coquetel molotov que tenho escondido dentro da mochila. Sabe como é, se os “coxinhas” nos atrapalharem em nossa revolução, eles verão. O povo não pode se assustar se por acaso quisermos quebrar o pára-brisa do ônibus em que estão. Calma, é pelo seu direito que luto. Não se aflija se de repente começarmos um confronto no metrô às 18h ou às 19h. É culpa dos “polícia” que não nos deixam trabalhar em paz.

E no final da luta, depois de destruirmos símbolos capitalistas, vamos a umas dessas lanchonetes de logo nas cores vermelho e amarelo. Nada demais. É só um lanche. Vamos tirar fotos de nossas câmeras e celulares dos mais avançados. Claro, precisamos registrar nossas conquistas. Vamos chegar em casa, depois de nossos pais terem ido nos buscar, tirar nossos tênis costurados por crianças chinesas, afinal, se as crianças chinesas tem que trabalhar, eu não posso fazer nada. Deitemos com a sensação de dever cumprido. Somos revolucionários. Somos guerrilheiros. Somos aqueles que colocam medo nas autoridades.

E no dia seguinte, lá vamos nós de novo. A luta não pode parar. Convocações nas redes sociais. Manifestação pacífica? Não, isso não resolve. Assim nunca te ouvirão. Vem comigo, eu sei como se faz um protesto. Sou aquele cara de preto que ontem, deu o sangue por você. Dona Maria, eu sei que foi difícil chegar em casa mas é por você que estamos aí. Seu João, não esquenta. Foi um acidente sua banca de jornal ter amanhecido pichada ou arrombada. Juro que deve ser culpa dos policiais. Nós estamos aqui pela população.

A população talvez não se chatearia com toda essa batalha se os “heróis” mostrassem seus rostos. Ora, o Super Homem o mostra. Batman está por fora. Pra quê se esconder? Vocês não lutam pelos nossos direitos? Com a face à vista, podemos agradecer pela destruição e seus rastros deixados, todos os transtornos causados e toda essa bondade por trás dos atos de vandalismo. TIREM A MÁSCARA!

Rota 66: A história da polícia que mata

Por: Gabriela Ferraz

O livro “Rota 66: A história da polícia que mata”, escrito pelo jornalista Caco Barcellos, foi publicado pela Editora Record, em 2008. Nele é relatado a história da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), polícia especializada de São Paulo.

Dividido em três partes, “Rota 66”, “Os Matarores” e “Os Inocentes”, Caco Barcellos relata o modo como a Rota 66 realiza as perseguições dos suspeitos, qual o seu critério para definir se eles são culpados ou não e como ocorre a ação. O jornalista aponta que, na maioria dos casos, as pessoas assasinadas pelo PMs eram de pele negra ou parda e de baixa renda.

A rotina descrita no livro é a denuncia de uma realidade assustadora. Os suspeitos são cruelmente assasinados, geralmente com um tiro na cabeça, sem ao menos terem reagido à perseguição. Horas após as chacinas os PMs levam os corpos até o IML (Instituto Médico Legal) e fazem o BO (Boletim de Ocorrência), no qual constava que havia ocorrio resistência por parte dos suspestos e troca de tiros.

Para redigir este livro, Caco Barcellos fez uma base de pesquisa, nomeado como Banco de Dados, nela continha os BOs e processos arquivados pelos PMs, as divulgações do jornal Notícias Populares e o contato direto com o radialista Chico Plaza, que tinha informações privilegiadas e antecipadas sobre as ações policiais. Além de entrevistas com as fontes oficiais do caso, testemunhas e familiares das vítimas.

Este livro desmascara a polícia. O “Rota 66: A história da polícia que mata” vai além da grande mídia que divulga somente os relatos das fontes oficiais e revela a realidade da polícia de São Paulo, realidade essa que persiste até hoje.

A Geração G

Por: Fernanda Chiarato

Quarta geração, essa é a definição da sigla 4G, tecnologia que aumenta a velocidade da internet para celulares, tablets e modens móveis. O serviço foi dado como inaugurado em abril deste ano. No entanto, a expansão do 4G no Brasil encontra dificuldades devido a infraestrutura, preço e experiência do usuário com a nova tecnologia. 

A determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é que até 2014 sejam disponibilizadas conexões em todas as cidades sedes da Copa do Mundo. Porém, os impasses em monetizar o 4G, ou seja, transformar a banda larga em dinheiro, preocupa empresários de grandes grupos de comunicação que atuam no Brasil. 

O preço é um dos principais desafios para a ampliação da base de clientes para os celulares que possuem o 4G. Com isso, apenas as operadoras Claro e Vivo pretendem lançar, esse ano, novos modelos de smartphones com a quarta geração.

A qualidade dos serviços 3G e 4G no Brasil são inferiores comparadas a outros países do Mundo. Com isso, surge também a incompatibilidade de smartphones vindos do exterior. O iPhone 5C é um exemplo. Seu lançamento no Brasil foi adiado, pois o produzido nos Estados Unidos não possue compatibilidade com a conexão aqui disponível. 

Não se sabe dizer quando será disponibilizada a rede 4G em todas as cidades do Brasil, nem ao menos uma previsão confiável. A tecnologia ainda está por vir, mas o preço e a qualidade do serviço oferecido para os clientes é um mistério. No país do atraso a quarta geração não será tão rápida quanto o planejado.

Bling Ring – A Gangue de Hollywood

Por: Mayara Almeida e Raíssa Fernandes

Bling Ring – A Gangue de Hollywood, livro escrito por Nancy Jo Sales e publicado em maio de 2013 nos Estados Unidos e em julho na América Latina, é um dossiê sobre o caso do grupo de adolescentes que, entre 2008 e 2009, invadiram e saquearam as residências de atores e grandes celebridades americanas como Lindsay Lohan, Orlando Bloom, Paris Hilton e Megan Fox.

O livro conta com informações e relatos baseados na reportagem realizada pela autora, que estudou o caso da gangue de jovens por três anos. Nancy relata as entrevistas que realizou com todos os acusados, incluindo os pais e os advogados dos jovens e, até mesmo, algumas das celebridades que sofreram os assaltos.

Os acusados, com idade entre 18 e 20 anos, cresceram na badalada cidade de Los Angeles. A história do grupo é dividida em capítulos que abordam a gangue intitulada como Bling Ring em três estágios: como os jovens começaram a roubar, porque eles continuaram roubando e, por último, como tudo terminou.

Os relatórios da polícia de Los Angeles, apurados pela autora, apontam que a líder da Bling Ring era Rachel Lee, sempre acompanhada de seu parceiro e melhor amigo desde os 14 anos, Nick Prugo. Lee e Prugo se conheceram durante o colégio e foram unidos devido à paixão pela moda. Prugo relata diversas vezes no livro que amava sua amiga Lee e fazia tudo por ela. Por isso, começaram juntos a invadir a casa da celebridade que ela mais gostava - os dois diziam ir “às compras” na casa de Paris Hilton a fim de renovar seus guarda-roupas.

A ideia da dupla era levar apenas algumas coisas da casa de Paris para que ninguém percebesse. Como o roubo não foi noticiado em lugar algum, Rachel e Nick resolveram retornar a casa mais três vezes, quando na terceira, Paris percebeu o roubo, dando falta de fotos íntimas dela, drogas e jóias de alto valor que estavam dento de um cofre.

Com a facilidade em invadir a casa de Paris Hilton sem serem descobertos, eles decidiram continuar com os roubos e escolhendo novas vítimas. Todas elas nas quais Rachel Lee se considerava fã. Após um ano de roubos bem sucedidos, os dois garotos conheceram outras pessoas que, mais tarde, começariam a invadir as residências junto com a dupla.

A gangue procurava o endereço de suas vítimas nos sites de busca e checavam se elas estariam em casa por meio das revistas e sites de fofoca. Estes que sempre noticiavam os eventos em que as celebridades estariam presentes. A maioria de suas tentativas foram bem sucedidas, já que nas casas não havia segurança alguma e o sistema de alarme estavam quase sempre desligados.

A autora aborda a atual obsessão dos jovens pelas celebridades e o desejo de serem famosos, bonitos e bem vestidos como seus ídolos aparecem sempre na mídia. Obsessão essa que levou um grupo de adolescentes a roubarem diversas pessoas como se não houvesse nada de errado naquilo.

O livro é resultado de relatos, entrevistas e detalhes dos roubos, contando com uma ótima escrita jornalística, moderna e envolvente. Nancy ainda demonstra diversas estatísticas e relaciona músicas e filmes ao contexto em que os jovens se encontravam.

A autora escreveu diversos artigos relacionados ao caso durante sua pesquisa, entre eles o mais famoso “The suspects wore Louboutins” (Os suspeitos usavam Louboutins), publicado em 2010 na Vanity Fair, revista americana sobre cultura pop, moda e política. O artigo chamou atenção de Sofia Coppola, uma renomada cineasta e roteirista americana, que comprou os direitos de filmagem da reportagem de Nancy e a adaptou para o cinema em um filme estrelado por Emma Watson e Katie Chang.

Ficha Técnica
Título: Bling Ring – A Gangue de Hollywood 
Autor: Nancy Jo Sales 
Editora: Intrínseca 
Páginas: 271 
Ano: 2013 
Gênero: Não-Ficção, Jornalístico
Preço: R$23,90 (em média)

7 de nov. de 2013

Treinador com formação acadêmica profissionaliza o futebol

Conhecimento de cunho científico favorece o desenvolvimento prático e teórico de futebolistas
Por: Gabriel Bonafé

Um lançamento em profundidade, um passe preciso, uma tabela rápida e um golaço. Esses são pequenos acontecimentos do futebol que faz o torcedor levantar de onde estiver e comemorar. É a tal da magia do futebol, que não depende apenas de talentos individuais ou casualidades para funcionar, mas de um casamento entre o conhecimento prático e teórico do atleta.  Para tanto, é necessário que a comissão técnica esteja preparada para lidar com essa exigência, com saberes que vão além da experiência de ex-jogador.

Eduardo Barros, técnico da equipe sub-20 do Grêmio Novorizontino, diz que o ambiente acadêmico garante aos treinadores conhecimentos científicos essenciais para o desenvolvimento de atletas, que envolvem complexidade, filosofia, pedagogia, treinamento, psicologia, maturação, aprendizagem e outros. “Tais conhecimentos capacitam os treinadores e, consequentemente, os tornam mais respaldados para o exercício da função”, argumenta.

Além de ex-atleta de futebol (jogou na Associação Atlética Ponte Preta, União Agrícola Barbarense e Clube Atlético Huracán-ARG), Barros também é graduado em Educação Física pela Universidade de Campinas e Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.  Ele diz que não se deve estabelecer comparações entre experientes do gramado e dos livros que atuam como treinadores e afirma que há espaço para todos no mercado. “A demanda atual exige bons profissionais, formados ou não, mas que atendam as exigências do futebol moderno”, assegura.

Estudos da Universidade do Futebol, instituição que promove ensino online e presencial, com conteúdos para capacitação e qualificação no futebol, traz exemplos de técnicos vitoriosos no mundo futebolístico que possuem formações acadêmicas, como José Mourinho. Apesar disso, o próprio treinador português reitera a necessidade de vivenciar o ambiente desse esporte, que não é contemplado de forma plena nos livros. Eduardo Barros tem uma opinião semelhante, a qual o cotidiano do esporte, que envolve o relacionamento entre atletas, expressões e até ‘assuntos de vestiário’, é algo que não se aprende nas faculdades. Explica que a formação acadêmica é somente uma das inúmeras variáveis que compõe a formação do profissional: “paralelamente a esta formação, ele (o profissional) deve procurar cursos, congressos, estágios e entre outras capacitações relativas à modalidade”.

No continente europeu, o futebol é administrado pela UEFA (União das Federações Européias de Futebol). Essa entidade promove convenções com federações afiliadas desde 1997 para discutir a regulamentação dos treinadores, conforme dados da Universidade do Futebol. Somente em 2008 que as habilitações de treinadores da UEFA foram reconhecidas. De lá para cá, o destaque de jovens atletas (principalmente nas seleções, como Espanha e Alemanha) passa do quesito coincidência para consequência.

A profissionalização do esporte, sobretudo do futebol, é uma questão ligada à cultura. Esse ambiente não muda da noite para o dia. Na Europa, levou mais de dez anos. Mas é importante ressaltar que alguns fatores já contribuem para essa vertente, como a promoção de cursos pela CBF e pela Universidade do Futebol, que buscam mostrar que o Brasil é, de fato, o país do futebol.

Hambúrgueres gourmet invadem a cidade

De frutos do mar a jacaré, terceira edição do SP Burguer Fest acontece em 94 endereços da cidade
Por: Renata Vieira e Bruna Inocente

O SP Burguer Fest terá a sua terceira edição em novembro, e contará com a participação de 64 restaurantes, bares e lanchonetes, espalhados em 94 endereços da cidade, e com novidades como o hambúrguer de carne de jacaré.

O evento que tem como objetivo incluir o hambúrguer em ambientes nos quais geralmente eles não costumavam aparecer, surgiu depois que Claudio Baran, idealizador do SP Burguer Fest, constatou que fora do país era comum restaurantes renomados servirem suas versões do sanduíche. “Queríamos levar o hambúrguer para dentro de restaurantes que normalmente não tem o prato no cardápio aqui no Brasil, e assim ter a visão e criação de Chefs brasileiros de restaurantes renomados em relação ao hambúrguer”, enfatiza Baran.

O SP Burguer Fest acontece até o dia 24 de novembro, e terá a sua festa de abertura, aberta para o público no dia 7 de novembro na Praça Benedito Calixto das 17h até a 1h, e contara com hambúrgueres de seis expositores.

6 de nov. de 2013

Planos de saúde devem cobrir procedimentos para o tratamento de câncer

A medida entrará em vigor em janeiro de 2014 e contará com 37 medicamentos orais 
Por: Gabriela Ferraz
“O cuidado com as pessoas câncer é extremamente
importante”, afirma a bancária Kelli. Foto: Arquivo Pessoal

O Ministério da Saúde e a ANS Agência Nacional da Saúde (ANS)  anunciam nova medida contra o câncer. Os convênios médicos terão que cobrir, a partir de 2 de janeiro de 2014, 37 medicamentos orais, e mais 50 procedimentos contra a doença. Essa nova cobertura conta com o tratamento em casa para diferentes tipos de câncer com medicamentos orais, consultas, exames e cirurgias.

A bancária Kelli Varela, foi diagnosticada com câncer na mama direita em 1997 e passou por radioterapia. Para ela, a doença quando tratada em casa traz mais conforto e aproximação dos familiares, além de ajudar no lado emocional do paciente. Porém, a bancária acredita que esse custo que o convênio terá para cobrir esses novos tratamentos serão repassados para o valor do plano. “As despesas não ficarão com as empresas farmacêuticas e planos de saúde e sim com o consumidor final, o paciente”, complementa.

De acordo com a ANS, a medida beneficiará mais de 42,5 milhões de consumidores com planos de saúde de assistência médica e outros 18,7 milhões consumidores com planos exclusivamente odontológicos. Quem já recebe o remédio, ou tratamento, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) poderá escolher em continuar com o governo ou optar a ser coberto pelo plano.

5 de nov. de 2013

Corrida eleitoral de 2014 já conta com cabos eleitorais de partidos

Nas prévias das próximas eleições os cabos eleitorais já iniciam a tarefa de buscar votos para candidatos 
Por: Fernanda Chiarato

Neide Bezerra nas manifestações que ocorreram em SP.
Foto: Arquivo Pessoal

Estamos em 2013 e a corrida eleitoral para a presidência, governo do estado, senado, e cargos para deputados federais e estaduais, em 2014, já começou. Além das propagandas, os partidos políticos brasileiros utilizam cabos eleitorais em suas campanhas. Uma categoria importante para alavancar votos. A cada dois anos, os cabos eleitorais surgem munidos de adesivos e bandeiras do partido pelo qual lutam. A disputa entre os partidos é tão grande na urna eletrônica quanto na rua. O trabalho voluntário exige muito esforço. Buscar votos para o candidato escolhido é o maior trabalho do cabo eleitoral.

Para Neide Bezerra, militante do Partido dos Trabalhadores (PT) desde 1984, o mais importante é lutar por um ideal e não por dinheiro. “Considero sério o trabalho do cabo eleitoral quando a militância tem responsabilidade política, social e pessoas que realmente tem compromisso com as reformas sociais necessárias para dar uma condição de vida digna para as pessoas”, ressalta.

Neide teve que esperar fazer 18 anos para se filiar ao partido. Quando questionada sobre o papel do cabo eleitoral, ela explica: “O objetivo de todo militante é convencer os eleitores a votar no seu candidato, para isso visitamos pessoas conhecidas nos bairros, cidades ou no estado e divulgamos a plataforma do mesmo”.

Já Gilvan de Almeida, militante do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) acredita no uso das redes sociais para aproximar o público mais jovem da política. "As redes socias, como o Facebook e o Twitter, são hoje uma das melhores armas para chegar aos adolescentes", comenta.

Assim que termina uma eleição, os cabos eleitorais iniciam as tarefas para a próxima campanha eleitoral. Isso faz com que o trabalho nunca pare. Mesmo com a ascensão da internet, a televisão continua sendo o meio mais organizado para divulgar candidatos e propostas.

Mentir em excesso pode ser sintoma de distúrbio

A mitomania é um distúrbio psicológico de pessoas que tem o hábito de mentir compulsivamente
Por: Mayara Almeida e Raíssa Fernandes

Mentir compulsivamente é sintoma de distúrbio
psicológico. Foto: Mayara Almeida

Inventar uma história para o seu chefe dizendo que chegou atrasado ao trabalho porque pegou trânsito ou o carro quebrou pela manhã, podem ser mentiras aceitáveis, pois são utilizadas para ajustar situações na qual nos encontramos no momento. Nem sempre dizer a verdade é o caminho mais fácil, pequenas mentiras ou omissões fazem parte do dia a dia e são comuns na vida de qualquer um.

Extrapolar o limite do aceitável e confundir as mentiras com a própria realidade pode ser um distúrbio psicológico denominado mitomania, um transtorno psicológico caracterizado pelas mentiras compulsivas, usadas para autopromoção em tentativa de impressionar amigos, familiares e pessoas mais próximas. O individuo que sofre o distúrbio, passa a desassociar a realidade das mentiras que conta, não lembrando mais o que realmente aconteceu ou não.

De acordo com a psicóloga Priscilla Costa, na maioria dos casos o distúrbio começa quando a pessoa sente a necessidade de ser aceita pela sociedade e começa a usar a mentira como autopromoção. “Normalmente quem possui baixa autoestima acaba acreditando nas próprias mentiras que são usadas para proveito particular ou até mesmo em prejuízo a outros”, afirma Priscilla.

A psicóloga ainda comenta que, o mitômano (pessoa que sofre desse distúrbio), não tem relação direta com a falta de honestidade e não pode ser confundido com má índole. Na maioria dos casos, é indicado acompanhamento psicoterapêutico a fim de tratar sintomas de ansiedade e depressão, além de desenvolver o autocontrole e aumentar a autoestima do paciente.

“O tratamento do distúrbio é a maneira mais eficaz de evitar constrangimentos e uma maior exposição do mitômano”, finaliza a psicóloga. O acompanhamento deve ser realizado junto a um psiquiatra, pois a falta de tratamento pode agravar o distúrbio e fazer com que o mitômano perca o controle sobre suas mentiras, tornando-as cada vez mais intensas e fora da realidade.

Anvisa vai rever protocolos de pesquisa científicas

Pesquisadores são questionados para mudar prática de estudos científicos
Por: Lívia Donadeli

O cultivo de células humanas pode ser uma alternativa aos
testes em animais. Foto: Banco de Imagens

No último dia 18, ativistas dos direitos dos animais invadiram o Instituto Royal, em São Roque (SP), e libertaram cães da raça Beagle. Eles acusam a empresa de submeter animais a maus tratos durante pesquisas científicas. Essa mobilização civil estimula a discussão sobre alternativas ao uso de animais.

Estudos são feitos para que haja diferentes formas de se obter um resultado científico. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou uma semana após o episódio, que irá rever os protocolos para a prática feita com animais. Ela também admitiu ter uma falha na fiscalização dentro das instituições.

O uso da célula humana é apenas a primeira etapa do processo para chegar no resultado. Sua substituição por testes em animais não têm a mesma eficácia por não ter um desenvolvimento do orgão para responder à medicação. “Um estudo onde precisamos ver o funcionamento do rim, do coração, não serve na célula. Já no animal, ele tem todo o processo circulatório e conseguimos observar se os órgãos funcionam na forma correta”, explica Maricel Cunha, estudante e pesquisadora na área de farmácia. Ela afirma que as cobaias passam por um processo rígido para serem usadas, precisam de um bom motivo. “A maioria dos animais são de linhagem A, que significa linhagem pura e leva um selo de qualidade para obter os melhores resultados, é um mal necessário”, completa.

A célula-tronco, por exemplo, é uma das mais conhecidas para realizar experimentos contra doenças como Câncer, Diabetes, Alzheimer entre outras. Seu uso ficou conhecido nos anos 80, quando pesquisadores descobriram as células-tronco embrionárias de um camundongo. Só após 17 anos que foram descritas as primeiras células-tronco embrionárias humanas, o seu atraso foi por motivos legais e éticos. “Desde então tem sido derivadas, em diferentes locais em todo o mundo, e esse campo de pesquisa segue crescendo. No Brasil, a primeira linhagem foi descoberta em 2009, pelo grupo do LaNCE (Laboratório Nacional de Células-tronco Embrionarias de São Paulo)”, relata o site oficial.

4 de nov. de 2013

Sorteio de ingressos para Copa de 2014 serão auditados pela Caixa

Caixa faz acordo com Ministério do Esporte e acompanhará sorteio dos ingressos para abertura e final do evento
Por: Glaucia Felipe

Mais de 700 mil pessoas fizeram inscrições para compra de entradas para abertura e final da Copa do Mundo no Brasil, o que corresponde dez vezes mais a capacidade dos estádios e, por conta disso, serão feitos sorteios dos ingressos para que sejam distribuídos de forma justa.

O sorteio só valerá para ingressos da categoria 4, os mais populares da competição que destinasse somente a brasileiros que residem no Brasil dando preferência a estudantes, idosos, acima de 60 anos, e beneficiados do programa Bolsa Família, o que resulta pelo menos 300 mil ingressos na categoria.

A estudante Renata Gomes foi uma das pessoas que se inscreveram para a abertura da Copa no Estádio do Corinthians e está ansiosa para o sorteio dos ingressos e menos preocupada agora que sabe que o sorteio será auditado. Ela que pretende não apenas ir a abertura e sim a outro jogo que acontecerá no estádio do Maracanã (RJ) junto com seu namorado, o estudante Vitor Campos.

O acordo entre as partes foi publicado no Diário Oficial da União, depois da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) ser acionada.  A lei Geral da Copa já previa o acompanhamento do sorteio por parte dos órgãos federais, o que está previsto no §4 do Art. 26 (Lei 12.663/2012), que trata do acompanhamento de órgão federal competente durante o sorteio dos ingressos.

“Acho um passo bem importante o que o Brasil está dando com a auditoria da Caixa no sorteio dos ingressos, as pessoas estavam desacreditadas com o sorteio por saberem que existem no Brasil privilégios aos que detém mais poderes”, afirma Emerson Siqueira, professor do curso de Ciência Contábeis.

Participarão do sorteio, representantes do Governo, da Caixa Econômica Federal e do Ministério do Esporte durante o procedimento de seleção, o que está determinado pela Lei Geral da Copa do Mundo da FIFA.

Rugby é levado aos alunos da rede municipal de São Paulo

Esporte praticado em 120 países é disseminado por projeto que capacita crianças e adolescentes
Por: Beatriz Pietro
Johnson (no chão) joga na posição de hooker  no time
Templários. Foto: Arquivo Pessoal

O segundo esporte mais popular do mundo é agora praticado pelos alunos da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo. Com o objetivo de oferecer acesso a prática do Rugby, o projeto Rugby Cidadão capacita meninos e meninas de 10 a 16 anos em 23 CEUs das regiões Oeste, Sul e Leste da capital.

A iniciativa, que já conta com a participação de mais de 650 crianças, é fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Associação HURRA!, organização que dissemina a modalidade como esporte de formação de valores para a transformação da sociedade.

Apesar do que se imagina, o Rugby não é violento. Como todo esporte de contato, a modalidade exige um pouco mais de preparo, mas isso não impede que ele seja praticado por crianças, afirma Alejandro Johnson, jogador e idealizador do time paulista Templários. "Para a criança, o risco de lesão é zero. A categoria se enquadra na fase de inicialização. É claro que pode acontecer alguma fatalidade, como tropeçar ou cair, mas nada diferente do que estaríamos sujeitos ao praticar qualquer outro esporte", ressalta.

Ainda se tratando da categoria infanto-juvenil, o atleta ressalta: "Existe uma adaptação ao jogo tradicional, chamada de Rugby Tag, que não envolve contato físico e foca somente no aprendizado dos fundamentos do esporte". Esta modalidade foi adotada pelo projeto Rugby Cidadão por ser ideal para ser implementada em pisos duros. A partida dura dois tempos de cinco minutos e possui o mesmo objetivo do jogo original: atravessar a linha de fundo adversária, podendo apenas passar a bola para o lado ou para trás. No entanto, a interceptação do atleta é substituída pelo arrancar de fitas amarradas a um cinto. Quando uma das faixas do portador da bola é arrancada, este já não pode mais correr e é obrigado a passar a bola a um companheiro da mesma equipe.

Nascido no Chile, onde a modalidade possui maior aceitação do público do que no Brasil, Johnson afirma que a disseminação do Rugby em território brasileiro acontece a passos vagarosos, mas acredita que este projeto trará mais adeptos ao esporte no país.

ENEM 2013 é realizado com recorde de participantes

Estudantes fazem balanço sobre a organização
Por: Leonardo da Costa
ENEM 2013 registra recorde de participantes.
Foto: Banco de Imagens

No último final de semana (26 e 27) aconteceu em todo o Brasil, o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). Com mais de 7,1 milhões de escritos, nesse ano o exame bateu o recorde de participantes desde que foi lançado pelo Governo Federal em 1998.

Porém, mesmo sendo realizada a mais de dez anos, a cada nova prova aumenta-se as reclamações quanto a organização. Nesta última edição, candidatos usaram as redes sociais para mostrar a sua indignação sobre um suposto vazamento de um dos gabaritos da prova. Entretanto o MEC (Ministério da Educação e Cultura), agiu rápido e na ocasião negou qualquer tipo de vazamento.

Para Marcela Lima, estudante do ensino médio, a desorganização do ENEM acaba desmotivando os candidatos. Marcela ainda lembra que é importante uma organização para assim recuperar o prestígio junto aos candidatos. “É fundamental que o MEC, o Governo, ou seja, quem organiza o ENEM, tome consciência que nós nos preparamos durante meses, estudando dia a dia para fazer uma boa prova. Eles tem que analisar que nós fazemos a prova não por escolha mais sim porque temos a vontade de entrar na universidade”, desabafa Marcela Lima.

Na edição desse ano, por meio do Guia de Redação do Enem 2013, o MEC declarou maior rigidez na organização das provas. Essa medida busca evitar gracinha como hinos de times e receitas de macarrão que eram usadas com frequência por alguns participantes durante as redações. Esse ano Leonardo Ramos, estudante do terceiro ano do ensino médio fez a prova, com o objetivo de ingressar na universidade. Segundo ele, mesmo não realizando a prova no ano passado, achou o exame organizado em todos os sentidos. “Sinceramente, eu achei a prova bem estruturada. Também não vi nem uma reclamação de outros estudantes durante a realização”, comenta Ramos.

26 de out. de 2013

Mesmo com mudanças Caderneta continua atrativa, mostram números do BC

Dados do Banco Central revelam que poupadores continuam crescendo independente das variações de rentabilidade que as contas poupança vem sofrendo
Por: Ataide Aquino

Em 2012, foram adotadas novas regras do rendimento. Nesta mudança o rendimento de muda quando o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) ficar em 8,5% anuais ou menos. Desta forma, com os juros baixos, a poupança rende menos. Se os juros sobem acima de 8,5%, vale a regra tradicional. Mesmo com as mudanças, em setembro de 2013, a caderneta de poupança registrou captação líquida recorde de R$ 6,696 bilhões. Com isso, o total de captação do ano foi para R$ 48,948 bilhões, também valor anual recorde, de acordo com dados do Banco Central.

A intenção do governo com esta mudança foi desestimular a migração de grandes investidores para a poupança, por conta da menor rentabilidade de outras aplicações movidas a juros. A nova regra vale não só para poupanças abertas a partir de 4 de maio de 201, mas também para as que já existiam. Apenas para os depósitos feitos a partir desta data, o valor continua rendendo conforme as regras anteriores.

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, subiu a taxa a Selic para 9% ao ano no mês de setembro, fazendo com que a poupança voltasse a render como antes da alteração, mesmo assim trazendo vantagens aos investidores. “A nova regra favorece os que aplicam por tempo indeterminado. Ou seja, quem aplicam sem a necessidade de resgate imediato, pois, se houver um resgate dentro do mês da aplicação, o rendimento do valor aplicado não será incluso ao valor total da aplicação e sim os rendimentos de aplicações anteriores mais o saldo da aplicação do mês”, afirma o contador Fernando Bonadio.

O contador comenta que por causa das garantias do governo, as Cadernetas de Poupança continuam sendo o melhor investimento para as pessoas de classe média baixa. “Para as pessoas de classe alta e média os investimentos em papeis ainda são melhores”, enfatiza. Mesmo com todas as mudanças e variações a Caderneta continua sendo muito atrativa e recomendada, em especial para uma parcela específica de poupadores.

25 de out. de 2013

Excesso de treinos eleva risco de lesões e prejudica saúde dos atletas

Aumento do número de contusões é significativo devido a falta de controle em treinamentos dos atletas
Por: Guilherme Cerveira

Um alongamento adequado pode ajudar os atletas a
evitar lesões. Foto: Leonardo Pereira

As lesões são de longe os piores adversários que um atleta pode ter. Independente do esporte praticado, o risco sempre é alto. Mesmo com o acompanhamento de profissionais, muitos atletas ou praticantes sofrem lesões de diferentes tipos, podendo comprometer a carreira pelo resto da vida. De acordo com a professora de educação física Maria Aparecida Romam, a preparação é o ponto chave para que as lesões sejam evitadas. Porém, o risco sempre existe, um movimento mais forte ou então uma corrida mais longa podem trazer danos musculares que levam meses para serem recompostos. Segundo a professora, o excesso de exercícios aumenta ainda mais as chances de se lesionar. “Para evitar as lesões, os atletas devem evitar o excesso de treinos e disputar competições com o intervalo ideal para que o corpo possa descansar da forma correta”, afirma Maria Aparecida.

O fato é que nem todos seguem essas as orientações e acabam exagerando na hora de praticar refletindo em clínicas de fisioterapias lotadas. Segundo Dalvanir Linhares, esportista desde os 18 anos, as lesões interferem e muito na vida do atleta. Contudo, com o desenvolvimento da tecnologia, existem diversas áreas e profissionais que se especializaram no tratamento de atletas. Desta forma, a recuperação fica mais fácil e saudável. “Durante os treinos para a disputa de um campeonato, eu acabei tento uma entorse no joelho esquerdo, essa lesão acabou me impedindo de competir, já que eu fiquei sem poder treinar durantes 2 meses”, conta Linhares.

O acompanhamento de profissionais e o correto uso do corpo são inevitáveis para uma vida sem preocupações, essa dica vale para todos que gostam de esportes e não querem sofrer com exaustivas sessões de fisioterapias.

24 de out. de 2013

Black Sabbath se apresenta pela primeira vez com Ozzy no Brasil

Pioneiros do Heavy Metal em formação quase original fizeram show inédito para 70 mil pessoas em São Paulo
Por: Gabriel Bonafé
Presença de Ozzy no vocal do Black Sabbath foi
inédita no palco brasileiro. Foto: Divulgação

Sexta-feira, 11 de outubro. No horário de Brasília, 21:05. Um público de 70 mil pessoas aglomerado no Campo de Marte, zona norte de São Paulo, estava prestes a registrar 45 anos em 2h. É o show do Black Sabbath, banda inglesa de 1968 que se apresenta pela primeira vez no Brasil com sua formação quase original — Ozzy Osbourne nos vocais, Tony Iommi na guitarra e Geezer Butler no baixo. Só faltou o baterista Bill Ward, que por problemas pessoais foi substituído por Tommy Clufetos da banda solo de Ozzy.

Horas antes, o Megadeth fica responsável por aquecer o público. Com instrumental veloz e pesado, a banda de Dave Mustaine cativa com os  hits "Symphony of Destruction", "Peace Sells" e "Holy Wars". O show de abertura dura 1h e, apesar de empolgante, só leva os fãs árduos do Trash Metal ao delírio. No término, um intervalo para preparo do palco. Neste momento o público sente o cansaço da longa espera na fila, da dificuldade de chegar ao local e da quantidade de álcool e drogas ingeridas. As energias parecem esgotadas até que as luzes se apagam e ouve-se o sádico riso de Ozzy. Energias voltam em dobro. Iommi dá a potência com os riffs de "War Pigs".

O show procede com as clássicas "Into the Void", "Under the Sun" e "Snowblind", que abre alas para a nova "Age of Reason", do álbum "13" lançado neste ano. O público acompanha a banda em tudo: riffs, letras e entusiasmo. Os buracos no Campo de Marte não são problemas para aqueles que se esgueiram em grades e costas de outros fãs. O baixo volume das caixas é preenchido pelo eco da multidão. Três faixas do primeiro álbum dão sequência: “Black Sabbath”, “Behind the Wall of Sleep” e “N.I.B.”, sucedidas por outra nova, “End of the Beginning”.

Depois da arrastada e fascinante “Faries Wears Boots”, um tempo para Ozzy descansar com a instrumental “Rat Salad”. O solo de bateria Clufetos emenda o fim da faixa sem vocal com as palavras de Ozzy: “I am Iron Man”, fazendo o público explodir com o single mais consagrado do Black Sabbath. Após a última nova do show, “God is Dead?”, e da romântica “Dirty Women”, a banda anuncia o encerramento com “Children of the Grave”, prometendo um bis caso o público ‘enlouquecesse’. Não precisava pedir. Iommi apresenta os riffs de “Sabbath Bloody Sabbath”, mas era apenas ‘brincadeira’. Na lenta melodia, Ozzy grita: “go fucking crazy”, e vê as poeiras levantarem junto às rodas punks que se abrem para celebrar “Paranoid”.

O Black Sabbath se despede e manifesta amor ao público. “We love you all. God bless you all”, foram as palavras de Ozzy para a calorosa recepção dos fãs, que guardarão aquelas 2h eternamente em suas cabeças.

23 de out. de 2013

Eu sou a favor da maioridade penal #sóquenão

Por: Ana Mendonça

Há pouco mais de um mês, eu me manifestei em sala de aula a favor da redução da maioridade penal. Mostrei toda minha indignação por o governo não fazer uma "simples emenda" na Constituição Federal, reduzindo de 18 para 16 anos a tal idade que permite que a pessoa pague pelo que fez como um adulto responsável e ciente. Eu ficava indignada com aquelas pessoas que insinuavam que queríamos colocar crianças inocentes na cadeia. Inocentes o escambau! Eu mesma fui assaltada por três adolescentes e eles não eram inocentes coisíssima nenhuma! 

Semanas depois...

Me encontrei com uma pessoa mais vivida e experiente do que eu, que fez-me refletir sobre o que era essa redução e qual era realmente o problema da sociedade.

Agora imagino que você irá me perguntar:

"As pessoas ficaram mais cruéis, sanguinolentas e inconsequentes?" 

Sim.

"Isso tem acontecido com pessoas cada vez mais jovens?"

 Sim.

"Então por quê não reduzem a maioridade penal e colocam esse bando atrás das grades???"

Simples: a redução da maioridade penal não resolveria o problema.

"Mas bandido bom não é bandido preso ou morto? Se prendermos e amedrontarmos esses assassinos e meliantes estaremos seguros!"

Pensar assim foi o meu erro e tem sido o erro da maioria dos brasileiros.

Não é oprimindo uma pessoa que você fará com que ela mude, muito pelo contrário, as coisas só tendem a piorar. Se começarmos a prender garotos(as) de 16 anos, eles continuarão fazendo a mesma coisa e logo prenderemos os de 15, 14, 13... Delito realmente não tem idade.

"Então, qual é a saída?"

A resolução desse problema depende de muitas pessoas... Principalmente dos governantes, mas depende também de mim e de você.

"Mas é a lei da vida não é? O mundo é dos espertos!"

Engraçado que as mesmas pessoas que dizem isso, são as que recriminam os menores. Eles não fazem isso simplesmente porque querem. 

"Ah, vai começar a defender bandido agora???"

Não. Mas infelizmente essas pessoas não tiveram as oportunidades que eu tive, nem que você, que me lê, teve. Elas não tiveram pais comprometidos e de bem como os nossos, que nos mostraram qual era o caminho certo a seguir. Não tiveram quem mostrasse que devemos batalhar para conseguir o que queremos. Não tiveram acesso à uma educação adequada, à cultura, à recreação. Muitos passaram fome e viveram em meio a tiros, tráfico, morte. Essa foi a escola em que eles cresceram, foi isso que eles aprenderam. 

"Então, você diz que todas as pessoas que moram em locais cercados por violência são assim?"

Não. Existem muitas pessoas honestíssimas, íntegras e pacíficas que moram em comunidades carentes. A diferença é que essas pessoas tiveram quem as guiasse e não se deixaram levar pelo caminho "fácil". Para você pode ser banal, mas um sorriso, uma palavra, um gesto seu, pode mudar a vida de muita gente.

Ninguém sabe o que se passa no íntimo de cada ser humano. Você só sabe o que se passa dentro de você! É aí que está o erro... Estamos tão acostumados em correr atrás das NOSSAS coisas, dos NOSSOS sonhos, dos NOSSOS objetivos, que esquecemos que as pessoas que nos cercam também tem coração e, às vezes, só precisam de uma palavra. Somos tão voltados aos NOSSOS problemas que esquecemos que todos tem problemas. Só queremos nos sentir seguros, protegidos, felizes, amados. Agora, alguém já parou pra pensar o que essas pessoas realmente querem? Será que não buscamos um mesmo objetivo, só que de uma maneira diferente? Será que não recebemos um sorriso a mais, um carinho a mais ou uma oportunidade a mais?

Ninguém é 100% mau ou 100% bom. Ninguém é perfeito. Ninguém pode julgar uma pessoa sem saber o que ela viveu para reagir de tal maneira.
Eu como uma reles mortal também não estou julgando ninguém. Só quero que quem perdeu seu preciosíssimo tempo para ler estas linhas, pense bem antes de abrir a boca para dizer: Eu sou a favor da redução da maioridade penal. Não cometam o mesmo erro que eu. 

Por fim, deixo uma pergunta: Simplesmente impor limites já resolveu algum problema?

Venda mundial de PCs registra nova queda

Substituição de desktops por tablets e notebooks contribui para esta marca em declínio
Por: Raíssa Fernandes e Mayara Almeida
Tablets e notebook se tornam preferência dos
consumidores. Foto: Raíssa Fernandes

O mercado de computadores registra queda nas vendas pelo sexto semestre seguido, conforme dados divulgados por duas empresas de pesquisa em tecnologia. Segundo a Gartner, as vendas de PCs no mundo caíram 8,6%, registrando 80,3 milhões de unidades, enquanto a consultoria IDC apresentou dados pouco mais otimistas da queda, 7,6%, sendo 81,6 milhões de unidades entre os meses de julho e setembro deste ano, período normalmente caracterizado por alta nas vendas devido à volta às aulas em muitos países, como os EUA e a Europa.

Os dados revelam que os tablets vendem mais do que os desktops em todo o mundo, e, no Brasil, os notebooks são mais vendidos que os tablets, ao contrário de outros países. Essa informação é comprovada por Murilo Paiva, vendedor de uma loja especializada em informática. “Hoje em dia é mais difícil ver a compra de desktops, tanto é que as vitrines das lojas expõem apenas notebooks e tablets”, afirma. As consultorias ressaltam ainda que as máquinas com Windows 8 contribuíram para que a queda nas vendas fosse menos expressiva do que as previsões.

22 de out. de 2013

Serra defende uso da Lei de Segurança Nacional contra manifestantes

Após vários episódios de violência ocorridos em São Paulo medida é discutida para combater manifestantes mascarados
Por: Ingrid Tavolaro

O ex-governador de São Paulo, José Serra, defendeu no último dia 09 deste mês, a aplicação da Lei de Segurança Nacional, criada na época da ditadura militar,  contra manifestantes envolvidos em episódios de violência. “Eu não vejo porque movimento moderno tenha que envolver tropas organizadas, mascarados. Sinceramente não tem cabimento”, disse Serra ao site Terra.

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados. Levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma ampla lista de reivindicações e com um significado ainda não plenamente compreendido, onde não só tarifas de transportes públicos foram questionadas como também, como a realização da Copa do Mundo de 2014.

No último dia 07, Humberto Caporalli, 24 anos, e Luana Bernardo Lopes, 19 anos, foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, acusados de contribuir com a destruição de um carro da Polícia Civil. A legislação prevê de três a 10 anos de reclusão.

 Para o estudante Wilson, o vandalismo serve para chamar a atenção da mídia, porém de uma forma negativa, e a punição sempre existiu, só estão tomando esta atitude agora, para fazerem o povo se manifestar de uma forma menos agressiva. “A Lei de Segurança Nacional foi criada com a justificativa de definir crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social, e desde quando defender aquilo que você acredita pode ser um crime de ordem política?”, declara o estudante Wilson, que participou do Quinto Grande Ato, como eram denominadas as manifestações.

21 de out. de 2013

Educar para melhorar

Por: Renata Vieira 

Não existe melhorias sem educação. E não é de educação superior ou bilíngue a qual eu me refiro. É dos princípios básicos, saber discernir o certo do errado, respeitar o próximo e contribuir com a limpeza da cidade.

De nada adianta termos os melhores hospitais ou o melhor transporte público do mundo, se continuarmos agindo da maneira como agimos. Como o bando de gado que fomos moldados para ser.

É revoltante ver como as pessoas destroem os bens públicos, sem nem se dar conta de que serão os responsáveis por arcar com os prejuízos. Jogar o lixo no chão quando o cesto, que não são muitos, reconheço, está a dois passos para frente.

Não adianta apontar o dedo na cara dos corruptos, se nos igualarmos a eles. Com educação somos mais fortes e temos mais poder. A educação é e sempre foi a única arma capaz de mudar o rumo das coisas para melhor.

Surfistas se preparam em academias para um melhor rendimento

O treinamento funcional mostra porque o surf não está presente apenas nos litorais, com o preparo antecipado em solo, o resultado pode ser muito melhor
Por: Guilherme Cerveira
Alguns dos equipamentos mais comuns
para a prática dos exercícios funcionais.
Foto: Divulgação

O surf é umas das modalidades esportivas que mais cresce com o passar dos anos, seja por hobby ou então profissionalmente. No Brasil já são mais de 200 atletas profissionais que vivem especificamente do esporte, disputando campeonatos ao redor do mundo inteiro. A elite do surf, conta com 32 atletas, sendo 8 deles brasileiros, e uma etapa pode ter a premiação de até 100 mil dólares para o campeão. Esse constante crescimento do esporte acabou criando um novo segmento nas academias, voltado totalmente para a preparação dos atletas, o treinamento funcional visa uma melhora física e mental para o surfista, trazendo a ele os benefícios na hora de ir para água e um número menor de lesões.

Hoje existem academias especializadas somente em treinamento funcional, os exercícios e equipamentos são totalmente focados em movimentos para resistência, equilíbrio, respiração e flexibilidade. O fator mais relevante é que esse treinamento pode ser feito por qualquer adepto do esporte, seja ele amador, profissional ou praticante. Para Domingos João Felipe, professor de treinamento funcional e também surfista, nota-se uma procura maior por “surfistas de finais de semana” devido à periodicidade dos exercícios e explica que existe uma grande diferença desse treinamento especifico para a musculação convencional. “A musculação é um treino localizado, voltado para estética. O funcional voltado para o surf é um treinamento global que envolve várias partes do corpo aprimorando a consciência corporal do surfista”, explica.

Perguntado sobre a prevenção de lesões, Felipe ainda afirma que essa pratica é ideal, pois os movimentos reproduzidos em solo são repetidos quando o atleta está dentro da água. “O treinamento funcional reproduz os movimentos específicos da modalidade, antecipando uma defesa do corpo para movimentos inesperados durante o surf.”, comenta.

Para os atletas a melhoria pode ser sentida até mesmo longe das praias. Pedro Niccioli pratica treinamento funcional há 3 meses e, de acordo com ele, os resultados são satisfatórios. “Sinto uma grande diferença. Me sinto mais disposto no dia a dia e meu corpo esta mais bonito, treinamento funcional tem me feito muito bem”, explica. Ele completa que além dos benefícios corporais a evolução também é sentida no surf . O treinamento funcional me proporciona elasticidade e força para praticar o surf e fazer as manobras com mais facilidade e técnica, pois esse tipo de treino oferece equilíbrio e concentração.

18 de out. de 2013

Exposição 30x Bienal: Retrospectiva de arte brasileira

Obras que representam diversas fases da arte brasileira estão reunidas em exposição no Ibirapuera
Por: Mayara Almeida e Raíssa Fernandes

30x Bienal apresenta diversas obras de artistas
que já foramexpostas ao longo das 30 edições
do evento. Foto: Raíssa Fernandes

A exposição “30x Bienal – Transformações na arte brasileira da 1ª a 30ª edição”, em exibição no prédio da Bienal de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, traz a seleção de cerca de 250 obras de 111 artistas que já passaram pelo espaço ao longo das trinta edições, entre os anos de 1951 e 2012.

Justificando o nome, mas sem seguir fielmente a ordem cronológica, a exposição revela o contraste e as modificações das obras em cada período, como nas artes abstratas dos primeiros anos até as expressões contemporâneas dos dias atuais.

A artista plástica Marina de Lima ressalta a possibilidade de acompanhar momentos históricos e políticos vividos pelo Brasil. “Essa variedade de estilos e o contraste de obras de diferentes épocas nos aproxima da história de nosso país”, comenta.

Até 8 de dezembro, o público encontra pelos três andares do pavilhão, obras de artistas como Alfredo Volpi, Tomie Ohtake, Lygia Clark, obras interativas, os cartazes de divulgação de cada edição da mostra, e conta com a possibilidade de visitação monitorada.

30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição
Fundação Bienal de São Paulo - Parque Ibirapuera • Portão 3
Entrada gratuita
Ter, qui, sáb, dom e feriados: 9h - 19h (entrada até 18h). Qua, sex: 9h - 22h (entrada até 21h). Fechado às segundas-feiras. www.30xbienal.org.br 

17 de out. de 2013

Do Undergound ao Emo!

Por: Audrey Pujol

O documentário Do Underground ao Emo! estreou em julho no Canal Bis e atraiu O público que aprecia o “rock de garagem”. Dirigido por Daniel Ferro, nome reconhecido no cenário musical independente no Brasil, trabalhou com bandas dessa mesma cena, como Nx Zero, Fresno, Dead Fish, assim como bandas e cantores mais populares, como Michel Teló, Jota Quest e Chico Buarque.

O documentário, que conta com participações especiais de músicos conhecidos na cena independente, aborda as bandas da cena hardcore brasileira, no período da segunda metade da década de 90 até os dias atuais. Nessa fase, muitas bandas que hoje são referência no cenário nacional surgiram sem muita pretensão, apenas tocando por prazer e pela vontade de construir algo. Assim, foram ganhando espaço e conseguiram atingir o mainstream com suas letras.

Estive presente em muitos shows que aparecem no documentário. Era impressionante o quão forte era a cena underground em São Paulo. A proximidade das bandas, o fato de fazerem aquilo pelo amor à música ao invés de fama e dinheiro eram o que motivavam as bandas a continuarem. Exemplos como Dead Fish, Dance of Days, CPM22 e Garage Fuzz, fazem sucesso até hoje e nasceram nesse movimento que o documentário relata, mas o ponto que quero chegar é o que da nome a esse trabalho: Do Underground ao Emo! O filme fala justamente sobre isso. Por que a cena acabou? Ela realmente acabou? O que aconteceu com aquelas bandas da cena underground? Existiu mesmo o emo em São Paulo? Onde foram parar esses dois movimentos?

Para discorrer sobre o assunto, Daniel Ferro traz músicos de bandas que fizeram e ainda fazem da música o seu ganha-pão, produtores, fotógrafos e donos de casas de shows. Se você, como eu, fez parte dessa geração, vale muito à pena assistir!

Táxi elétrico é opção para paulistanos desde 2012

Parceria entre Prefeitura, Nissan, Eletropaulo e Adetax faz 10 táxis elétricos circularem pela capital paulista
Por: Allyne Pires


Há 37 anos, José Antonio é taxista e, hoje, dirigi um dos dez
táxis elétricos na capital. Foto: Divulgação 

“Ando até mais devagar quando estou com o táxi elétrico, para deixar mais gente bater fotografias com seus celulares”, afirma o taxista. O Projeto Piloto de Táxi Elétrico de São Paulo deu início no dia 6 de junho de 2012, com dois veículos. O objetivo da parceria entre a Prefeitura de São Paulo, Aliança Renault-Nissan, AES Eletropaulo e a Associação das Empresas de Táxis do Município de São Paulo (Adetax) é contribuir com a redução dos níveis de poluição. A cidade de São Paulo foi a primeira a desenvolver o projeto na América do Sul.

No dia 13 de dezembro de 2012, mais oito táxis elétricos foram colocados nas ruas. “Para viabilizar o projeto piloto, a Prefeitura de São Paulo procurou as empresas de táxis, que já haviam sido pioneiras no uso de combustíveis, como álcool e GNV; a Nissan, como fornecedora dos veículos; e a Eletropaulo, como fornecedora dos carregadores rápidos”, afirma a Adetax. Os taxistas, que conduzem os novos táxis, participam de treinamento oferecido pela Nissan. Segundo a associação de táxis, no treinamento os taxistas aprenderam sobre o conceito do carro e constataram que se trata de uma tecnologia moderna e simples.

José Antonio Nunes é taxista desde 1976 e, hoje, trabalha com um dos 10 veículos elétricos disponíveis em São Paulo. “É uma experiência completamente nova”, conta o taxista. Nunes diz que já pegou muitos passageiros e em todas as viagens tudo correu bem. “Ele tem uma arrancada ótima anda muito bem e, na bateria, roda mais de 100 km por, aproximadamente, R$ 8 pagos na conta de energia elétrica”, afirma.

Segundo a Adetax, se utilizarmos o cálculo de consumo de 10km/l de combustível, para rodar os mesmos 100 km o carro precisaria de 10 litros de álcool. Dessa maneira, ao colocar o valor médio de R$ 2,70 o carro teria um consumo equivalente a R$ 27,00, mais que o triplo do valor pago na carga elétrica. “Outro grande atrativo e diferencial é o fato do carro ser completamente silencioso, nem na hora de dar a partida é possível dizer, pelo barulho, se o carro está ou não ligado”, completa Nunes.

O automóvel é carregado pela dianteira e avisa o quanto
já está carregado. Foto: Allyne Pires
Apesar de apoiar o projeto e gostar do carro, Nunes acredita que será preciso ajustar a carga de impostos que recai sobre o carro para que mais empresas de táxi e, principalmente, taxistas autônomos possam investir nessa tecnologia.

Para o carregamento dos táxis elétricos foram colocados cinco pontos de recarga rápida de 30 minutos, que estão instalados nos estacionamentos das concessionárias Nissan, independente do horário de funcionamento. As sedes das empresas de táxi também possuem os carregadores instalados, estes levam até 8 horas para ter a carga completa. A Adetax fornece ao taxista um cartão com um crédito mensal para passar na máquina e liberá-la para carregar o automóvel. A bateria fica na dianteira do carro, que avisa quando está totalmente carregado e a máquina para de fornecer energia. Nos postes onde ficam os pontos de recarga há um transformador verde especialmente para abastecer a unidade carregadora.

Na primeira fase, junho a dezembro de 2012, com apenas duas unidades do veículo foram transportados 2.400 passageiros, cada veículo percorreu cerca de 10.000 km, rodando em média 6 horas por dia, de segunda à sexta-feira. Os táxis partem dos pontos localizados na Av. Paulista com a Rua da Consolação; na Av. Engenheiro Luis Carlos Berrini; e em frente ao Teatro Municipal, no centro de São Paulo. Além dos dez carros elétricos Nissan LEAF 100% elétrico, há ainda 20 unidades de automóveis híbridos – dois motores: um movido a eletricidade e outro a combustão – Toyota Prius utilizados pelos taxistas paulistanos.

As corridas feitas nos táxis elétricos são tarifadas da mesma forma que as realizadas nos táxis comuns: bandeirada inicial mais valor apurado no taxímetro.

Confira a economia com o uso da energia elétrica:
CATEGORIA
10.000 KM RODADOS
Energia elétrica (R$0,29114/kWh)
R$ 537,15
Gasolina (R$ 2,75 por litro)
R$ 2.291,66
Etanol (R$ 1,70 por litro)
R$ 2.125,00
Economia média do uso da energia elétrica em relação a gasolina
- 76,56 %
Economia média do uso da energia elétrica em relação ao etanol
- 74,72 %

    Fonte: AES Eletropaulo

Concessionárias com carregadores de carga rápida: 
Grand Brasil Lapa (Rua Heliodoro Ébano Pereira, 174) - Lapa
Grand Brasil (Av. dos Bandeirantes, 1585) – Itaim Bibi
Fuji Japan (Av. Professor Luiz Ignacio Anhaia Mello, 1655) – Vila Prudente
Fuji Vila Guilherme (Av. Joaquina Ramalho, 62) – Vila Guilherme
Sinal Tatuapé (Rua Almirante Brasil, 200) - Mooca

16 de out. de 2013

A Rede Social – O Filme

Por: Mariana Passos

A Rede Social é um filme americano de 2010, roteirisado por Aaron Sorki, sobre a fundação da rede social Facebook e seus desdobramentos. O filme foi dirigido por David Fincher, com um elenco composto por Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Armie Hammer, Max Minghella, Josh Pence, Brenda Song, Joseph Mazzello, Rashida Jones e Rooney Mara. Nenhum funcionário do Facebook ou seu fundador Mark Zuckerberg, se envolveu na produção do filme. Em alguns países, o filme foi classificado como "inadequado para menores de 14 anos".

Mark Zuckerberg é um gênio da computação que após levar “um fora” resolve criar, numa espécie de vingança, um site para descobrir qual a garota mais gostosa da universidade. Com a ajuda de seu amigo Eduardo Saverin, invade os computadores e consegue todas as fotos das estudantes. Essa brincadeira acabou levando os computadores da universidade ao colapso devido à enorme quantidade de acessos. A fama pelo que fez logo se espalhou chamando atenção da comunidade dos “garotões sarados”, que lhe fizeram uma proposta para montar um site e divulgar o clube fechado ao qual pertenciam. Mas, como uma ideia leva a outra, Mark resolve em paralelo criar algo melhor e contando com a ajuda financeira de Eduardo ambos embarcam nesse empreendimento que chamaram de “The Facebook”. O sucesso, quase que instantâneo, causa a inveja dos garotos que haviam feita a proposta à Zuckerberg e passam a acusá-lo de roubar suas ideias. Para complicar mais ainda, sua ambição e paixão pelo projeto, leva também o fiel amigo Eduardo, sentindo-se traído, a se afastar. Um filme não oficial que conta a história da criação do site facebook e tudo o que aconteceu da sua criação até os tribunais de justiça americanos. Afinal, você não faz 500 milhões de amigos sem ganhar alguns inimigos!

Com uma linguagem bem complexa e rápida o filme divide opiniões sobre a qualidade do filme, uns achando-o bem cansativo, já outros fascinante. Atualmente são mais de 14,58 milhões de uploads de fotos por hora, ou seja, 243 mil por minuto ou 4 mil por segundo. Nem o site especializado em fotografias Flickr recebe tantas fotos: são "apenas" 3,5 milhões por dia, segundo o The Verge, e o total é de oito bilhões.

“A Rede Social” é um filme sobre a criação do Facebook, mas vai além. A história também é sobre as relações cada vez mais vazias que começaram a ser criadas a partir da internet e das suas redes sociais. As pessoas passaram a dar mais importância a conhecer outras pessoas e a se conectarem a elas, não mais pelo convívio pessoal, mas sim por estarem ligadas na internet. Em uma rede social, as pessoas disputam seguidores ou amigos, quanto maior for a quantidade de visualizações em seu perfil, mais popular a pessoa se torna. Mas qual é o real significado da amizade, se não a de poder conversar, confidenciar segredos, abraçar, ou até ter um ombro amigo pra chorar. Quantos desses “amigos virtuais” realmente são seus amigos?

Disciplina pode evitar lesões no Jiu-Jitsu

Ansiedade e falta de atenção aos treinos são os principais causadores de lesões no esporte
Por: Verônica Honorato

Chave de braço, conhecida como “Arm lock” e
“Leg lock”. Foto: Verônica Honorato

O Jiu-jitsu (ou arte suave) é a mais antiga das artes marciais. Sua pratica é capaz de proporcionar benefícios à saúde física e mental, porém por ser um esporte de grande contato físico também é causador de graves lesões. Principalmente se for orientado por um profissional sem capacitação adequada. Segundo dados da revista eletrônica “Saúde CESUC” (2010), um programa de treinamento mal elaborado ou mal vivenciado pode acarretar em lesões seríssimas de efeito imediato ou retardado.

O atleta pode vir a lesionar-se não só durante a fase de treinamento, como na fase de competição em decorrência de um programa cujas atividades tenham sido incorretamente planejadas ou executadas. Existem seis técnicas no Jiu-Jitsu desportivo permitidas em competições que são: chaves, torções, estrangulamentos, pinçamentos, imobilizações e projeções. Todas podem causar sérios traumas quando aplicadas com toda magnitude.

Anderson Batista da Silva treina Jiu-Jitsu
há 16 anos. Foto: Verônica Honorato
O professor de inglês Kleyr Ermacora treina Jiu-Jitsu há dez anos e afirma ter sofrido inúmeras lesões que foram agravadas devido à ansiedade de voltar ao treino. “Não me lembro quantas lesões já sofri, porém a mais intensa foi no tornozelo após uma chave de perna. Consegui me recuperar depois de três meses, mas poderia ter voltado antes se não tivesse me precipitado e recomeçado os treinos antes de estar preparado”, comenta.

Anderson Batista da Silva, professor graduado pela Federação Paulista de Jiu-Jitsu, defende um treinamento que exige cuidados. “Não acho que seja possível impedir lesões neste tipo de esporte, mas tento evitar e por isso prezo um treinamento iniciado com aquecimentos”, afirma. Em 12 anos de carreira, o Silva destaca que nunca teve um aluno ferido gravemente. “As lesões que ocorreram foram consequência de treinos mal executados por falta de paciência e atenção deles. Alguns querem ir rápido demais e isso acaba prejudicando o treino e até mesmo ocasionando ferimentos. Por isso, a disciplina é importante”, completa Silva.

A fisioterapia é imprescindível no tratamento desses traumas, tanto nas aulas, sessões de treinamento quanto nas competições de alto nível. Segundo a fisioterapeuta Fabiane Ortiz, a crioterapia pode ser o método ideal para a cura de lesões neste tipo de esporte. “O que define o tratamento é a particularidade de cada lesão e o tipo de tecido ou capsula acometida, mas se fosse colocar em uma ordem ela seria: redução de edema e redução de dor. E a crioterapia é o método ideal para ambas as categorias”, explica. Definida como “terapia fria” esse método retira o calor do corpo através de gases, gelo ou água. Atualmente, é uma das técnicas mais utilizadas pelos fisioterapeutas no esporte, pois é de baixo custo e fácil execução.

A fisioterapeuta ainda ressalta que, em alguns casos, o atleta lesionado precisa passar por procedimentos cirúrgicos. “Dependendo do tecido acometido, articulação ou capsula articular e da intensidade da lesão, pode ser necessário até um procedimento cirúrgico para reparação total. Lesões liganentares e tendinosas são praticamente impossíveis de serem totalmente reparadas, mas lesões musculares graves são possíveis de serem reparadas totalmente entre 6 e 12 meses”, conclui.

15 de out. de 2013

Ateísmo e Jornalismo

Por: Murillo Magaroti*

Já fazia algum tempo que eu não acessava a página da Atea, organização da qual sou associado – desde 2011, se não me falha a memória. A Atea é a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos e, segundo o próprio site, tem como objetivos ‘congregar ateus e agnósticos’; ‘combater o preconceito e a desinformação a respeito do ateísmo e do agnosticismo’, ‘promover a laicidade efetiva do Estado (...) o pensamento crítico e o método científico’; entre outros - ver site www.atea.org.br.

Algumas coisas da época em que me associei permanecem por lá – campanha do ônibus, processo contra o Datena, argumentos contra teístas. Algumas conquistas, como a veiculação da campanha do ônibus em duas capitais – Salvador e Porto Alegre (também em outdoors) –, participação como convidada na Cúpula dos Povos no Rio+20 e a condenação, em primeira instância, do citado jornalista/apresentador. Existe ainda uma aba intitulada ‘Imprensa’. 

Ao contrário do que era de se esperar, em vez de trazer um contato de um assessor de imprensa ou empresa que forneça tal serviço, a tal aba trata do posicionamento jornalístico, muitas vezes proselitista. Ela traz uma espécie de cartilha sobre alguns termos que devem ser evitados, tais como Deus, Nossa Senhora, Virgem Maria e Jesus Cristo, já que, ao serem inseridos em um texto, evidenciam posicionamento do autor.

Para um país com maioria ainda católica e, sobretudo, cristã, como o Brasil - segundo o Censo de 2010 do IBGE, 86,6% da população é cristã – parece ‘normal’ que se escreva deus com letra maiúscula (afinal, há apenas UM deus) ou adicione o título de Cristo a Jesus, mas, ao serem empregados em texto jornalístico – informativo –, quebram o princípio de isenção. A ‘editoria’ do site da Atea serve como um Manual de Redação para todo jornalista, diplomado ou não, uma vez que os próprios manuais de redação não dão orientação sobre os ‘termos’. O Estado de S. Paulo nem cita em seu manual qualquer um deles. O próprio dicionário da língua portuguesa, companheiro quase inseparável do jornalista apresenta deus apenas com ‘D’. O Manual de Redação da Folha de S. Paulo só contém orientações a respeito de ‘Deus’ ou ‘deus’ – e de forma equivocada. O manual diz para utilizar Deus ‘quando designar o ser transcendente, único e perfeito das religiões monoteístas’ e deus ‘quando designar deuses de mitologias’ e cita a mitologia egípcia. Além de se quebrar o princípio de isenção do texto jornalístico, ao se referir ao deus cristão com ‘D’ e aos deuses dos egípcios com ‘d’ carimba-se um dogma, impõe-se uma verdade à sociedade - e não somos os deuses da verdade, somos?

Números
Segundo o mesmo Censo de 2010, os ateus no Brasil são 615.096 e os agnósticos, 124.436. Os dois representam, dessa forma, 0,39% da população. A estimativa da Atea é que sejam 2% da população, ou 4 milhões de habitantes. O país mais ateu, em percentuais, é a Suécia, onde se estima que 85% da população seja ateísta; a China concentra o maior número: 181,8 milhões de ateus.


*Murillo Magaroti, futuro jornalista, agnóstico ateísta

 
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