24 de jun. de 2011

Seleção brasileira de Roller Derby disputa Copa do Mundo no Canadá

Esporte estadunidense ganha popularidade e conquista público feminino do Brasil

Por Walace Toledo

As seletivas para a Copa começam em julho
(Imagem Sxc.hu)

Uma inédita seleção brasileira do esporte praticado por mulheres, Roller Derby, começa a se formar e já se prepara para disputar a primeira Copa do Mundo no mês dezembro deste ano, em Toronto, no Canadá. O esporte surgiu nos Estados Unidos na década de 30, e somente este ano acontecerá uma disputa mundial.

Beki Band-Aid
(Arquivo pessoal)
Juliana Bruzzi, mais conhecida como Beki Band-Aid (trocadilho com o nome Beki Bondage, vocalista da banda Vice Squad, dos anos 70), fundou em 2009, na cidade de São Paulo, a primeira liga brasileira de Roller Derby, chamada “Ladies of Hell Town” (Garotas da Cidade Infernal). Dois anos mais tarde, três ligas oficiais brasileiras foram formadas.

As atletas já se preparam para enfrentar o evento internacional. “Nós vamos pela experiência, para podermos conhecer as jogadoras do mundo todo”, diz Beki, e acrescenta que as seletivas para a Copa, chamadas de “try-out”, começarão no final de julho.

Com dois anos de vivência em Nova York, a carioca Fernanda Corrêa (batizada no esporte de Brazilian Nut), conta que, além dela, uma brasileira que vive no Canadá e outra na Alemanha também participarão da seleção. Fernanda participa da liga americana Gotham Girls Roller Derby, considerada a terceira melhor liga do mundo, de acordo com a associação WFTDA - Women’s Flat Track Derby Association. Mesmo fora do país, a competidora acompanha a evolução das ligas brasileiras e faz questão de enviar rascunhos de estratégias para o restante da equipe.

Fernanda Corrêa conhecida na liga americana como "Brazilian Nut"
Por Chris Becker

Assim como alguns esportes menos conhecidos, o patrocínio para o Roller Derby é o maior desafio. “Estamos buscando apoios e patrocinadores, então cada membro da equipe terá que arcar com suas despesas enquanto não conseguirmos alguém. E por causa disso terá pessoas que, mesmo passando nos try-outs, não poderão ir por falta de dinheiro”, afirma Beki.

De acordo com o site oficial dos organizadores do evento, Blood And Thunder Magazine, além do Brasil, mais 12 seleções preparam suas equipes: Alemanha, Argentina, Austrália, Canadá, Escócia, Estados Unidos, Finlândia, França, Inglaterra, Irlanda, Nova Zelândia, e Suécia.

Entenda o Roller Derby

O Roller Derby consiste em uma série de corridas em uma pista inclinada ou plana. As jogadoras, em cima de patins com 4 rodas (quad), usam o corpo como principal instrumento. O objetivo é barrar a atacante da equipe adversária que tenta passar à frente e marcar pontos. São dois tempos de 30 minutos fracionados em várias corridas com duração de 2 minutos, chamadas de “jam”. O jogo é realizado com cinco componentes em cada equipe.

O esporte é democrático e pode ser realizado por mulheres com qualquer tipo físico. Codinomes exclusivos, maquiagem, meia arrastão, tatuagem e piercings, por baixo dos equipamentos de segurança, são detalhes que compõem a personalidade e visual das jogadoras do esporte.

Roller Derby: O Guia Prático - NOZ Studio





"Garota Fantástica", filme sobre Roller Derby dirigido por Drew Berrymore estrelado por Ellen Page



21 de jun. de 2011

Entrevista: Kelen Tabone, cineasta

Por Carolina Campos, José Roberto Pessoto e Roberta Chamorro

O cinema iraniano tem prosperado e muitos diretores têm recebido reconhecimento mundial por seu trabalho - ganharam mais de três centenas de prêmios nos últimos 25 anos. Em 2004, a cineasta brasileira Kelen Tabone visitou o Irã, com a finalidade de conhecer de perto o país, sua cultura e principalmente o cinema daquele país.

A cineasta Kelen Tabone e o diretor Abbas Kiarostami
(Arquivo pessoal)

Agência Hipertexto: O que a motivou a conhecer mais de perto o cinema iraniano?

Tabone: Eu nunca consigo formular uma resposta objetiva, pois sempre foi uma paixão na minha vida. Eu mais sinto do que racionalizo. Encontrei na cinematografia iraniana pressupostos que não conseguia encontrar em outro cinema. No ano de 2000, Bahman Ghobadi e Jafar Panahi vieram para o Brasil apresentar seus trabalhos na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Durante a exibição de “Tempo de embebedar cavalos”, eu pensei: ‘Tenho que conhecer esse país. Será que o que ele mostra corresponde com a realidade dessas pessoas?’ Após a exibição, houve um debate com os diretores e, por sorte, meu amigo Paivand Ahmad estava traduzindo. Quando acabou, eu e minha amiga Natali Zarth fomos falar com ele e dissemos que queríamos muito conhecer seu país. Ele nos convidou então para conhecermos. Mantivemos contato desde então, e em 2004 tive a oportunidade de ir.

Agência Hipertexto: O que você fez lá?

Tabone: Fui convidada pelo então embaixador do Brasil no Irã, Cesário Melantônio, para colaborar com a relação entre a cultura dos dois países. Tive a oportunidade de trabalhar com o Bahmanh Ghobadi na edição do making of de seu filme “Tartarugas podem voar”.

Agência Hipertexto: Aqui no Brasil você mantém relação com o cinema iraniano?

Tabone: Sim, realizo pesquisa sobre os não-atores no cinema iraniano e conto com o apoio da Fapesp para realizar esse trabalho.

Agência Hipertexto: O que são os não-atores?

Tabone: É um tipo de cinema realizado após a Revolução Islâmica de 1979. Usa pessoas comuns que representam, muitas vezes, seu próprio papel. Os temas desses filmes são muito próximos do cotidiano dessas pessoas, tornando-os muito parecidos com documentários. Isso acontece porque, antes da revolução islâmica, os filmes que eram exibidos não se enquadravam na moral islâmica e, após o governo do Irã se tornar um país onde a religião e o Estado compreendem uma só esfera da sociedade, os temas e os atores tiveram que se enquadrar nessa moral. Isso não quer dizer que eles não trabalhem com atores profissionais, mas esses filmes são comerciais e são exibidos apenas nacionalmente.

Agência Hipertexto: Qual tipo de cinema faz mais sucesso no Irã?

Tabone: As pessoas preferem os filmes mais comerciais, que visam o entretenimento, em detrimento ao filme de arte, que muitas vezes joga com o espectador e o tira de sua passividade. Lá no Irã, o único divertimento da população é o cinema, o teatro, os piqueniques e as casas de chá. Por isso o cinema é considerado uma forma de divertimento de massa. Então essa cinematografia se torna muito dividida entre cinema de arte e cinema comercial. Porém, o cinema de arte tem um alcance internacional maior, por causa dos festivais internacionais.

Agência Hipertexto: Há influência do cinema hollywoodiano no Irã?

Tabone: Antes da revolução, os filmes eram todos baseados ou até mesmo copiavam os filmes americanos. Após a revolução, esse tipo de filme foi banido das telas, dando lugar ao cinema que corresponde à moral islâmica. Mas os filmes hollywoodianos continuam inspirando os diretores comerciais.

Agência Hipertexto: O Irã deixa entrar filmes estrangeiros no país?

Tabone: Uma forma de censura que contribuiu para que os filmes estrangeiros e mesmo aqueles produzidos na época do Xá pudessem ser exibidos em uma sociedade islâmica foi o uso da ‘marca mágica’, um método de censura em que eles pintavam sobre pernas descobertas e outras partes expostas do corpo. Quando este método não funcionava, eles cortavam os trechos dos filmes que feriam a moral e os valores islâmicos. Estes cortes existem até hoje. Muitos são os filmes estrangeiros exibidos tanto no cinema quanto na TV iraniana e tais filmes passam por um rígido controle antes de chegar ao público. Algumas cenas que são cortadas são as de beijo, homem e mulher se tocando, deitados na mesma cama, entre outros.

Agência Hipertexto: Você falou sobre a censura nos filmes estrangeiros. Como funciona essa censura para os filmes iranianos?

Tabone: Até os dias de hoje o projeto de um filme, para ser produzido e exibido, passa por diversos estágios de censura. No primeiro estágio, a sinopse é avaliada. Depois, o roteiro deve ser aprovado por um conselho, devendo estar de acordo com os preceitos morais islâmicos. No terceiro estágio, a lista dos técnicos e dos atores deve ser aprovada. O filme já pronto é mandado ao Conselho de Censura do Governo, o qual aprova, exige mudanças para a liberação ou proíbe totalmente. Se aprovado, os produtores recebem permissão de exibição, com a avaliação de A, B, C ou D, que determina o acesso à mídia, como a definição se pode ou não ser comercializado para a TV e em qual cinema poderá ser exibido. Vale ressaltar que os equipamentos para filmagens são propriedade do governo, então, se o cineasta não consegue autorização para filmar, ele não consegue filmar nem escondido, a não ser com os equipamentos digitais, pois as câmeras de cinema não são emprestadas para aqueles que não têm autorização.

Agência Hipertexto: Os atores e diretores do cinema iraniano atuam somente no Irã? O governo concede essa autorização para trabalharem em outros países?

Tabone: Os atos de censura não se limitam somente à produção cinematográfica, mas interferem na vida de atores e diretores que passaram a ter que pedir autorização para deixar o país, com o intuito de participar de festivais internacionais ou até mesmo de produções estrangeiras. Um claro exemplo foi o incidente ocorrido com a jovem atriz Golshifiteh Farahani, consagrada no Irã e que participou do filme “Rede de Mentiras” (“Body of Lies”, 2008), de Ridley Scott. As autoridades iranianas ficaram insatisfeitas por ela ter participado do filme e se enfureceram ainda mais quando a viram, através de vídeos na Internet, sem o hijab (vestuário islâmico) na première em Nova York. Quando Golshifiteh chegou ao Irã, teve seu passaporte confiscado, ficou impedida de deixar o país, até mesmo para participar de festivais internacionais, inclusive no Brasil. Até que foi obrigada a deixar casa, família, amigos e carreira, ao fugir do Irã e ir para a França, onde vive atualmente. O diretor Abbas Kiarostami acabou de produzir um filme de produção francesa e italiana, que se chama “Cópia Fiel” e é estrelado pela atriz Juliette Binoche. Ele é um diretor de muito sucesso internacional e é considerado um dos mestres do cinema iraniano, que realiza filmes que se enquadram nessa categoria do cinema de arte. Outro diretor que está fazendo filme fora do país, na Turquia, é Bahman Ghobadi, que foi exilado do país após realizar um filme sobre a música underground iraniana (proibida pelo governo). Nessa produção ele filma com a atriz Monica Bellucci.

Agência Hipertexto: Para finalizar, quais filmes iranianos você recomenda assistir?

Tabone: São poucos os filmes lançados no Brasil, mas em videolocadoras grandes é possível encontrar alguns deles e também a Mostra Internacional de Cinema é uma ótima oportunidade para assisti-los. Filmes como “Filhos do paraíso”, “O balão branco”, “A cor do paraíso”, “Dez” e “Tartarugas podem voar” são facilmente encontrados. Um filme que só foi lançado em VHS, mas merece ser visto, é “A maçã”, da Samira Makhmalbaf.

17 de jun. de 2011

Prefeitura de São Paulo implanta novo sistema de coleta seletiva

Com o objetivo de aumentar os índices de reciclagem, a população participa separando o lixo em casa

Por Fernanda Ricardo

Caminhão da cooperativa EcoUrbis
Por Bruno Dionísio

Na primeira fase de implantação do programa pela Prefeitura da cidade de São Paulo, 72 caminhões já realizam a coleta seletiva do lixo nas ruas paulistanas. Atendendo 74 distritos, os veículos, que têm compactadores e gaiolas para armazenamento do lixo reciclável, contemplam novas rotas que foram reorganizadas pela Prefeitura.

A separação do lixo deve ser feita pelo próprio morador em sua casa. O material separado será recolhido pelo caminhão seletivo em dias e horários diferentes da coleta normal. O lixo seco, aquele que pode ser reciclado, deve estar em um saco diferente do lixo úmido, que é formado por materiais orgânicos e não-recicláveis.

A fim de facilitar e ajudar as pessoas, que não estão acostumadas com o sistema, foi criada pela própria Prefeitura, para divulgação, a Dona Seletiva, personagem que dá dicas de como proceder na separação desses materiais. “Dona Seletiva foi criada para auxiliar os munícipes a separar os resíduos, pois muitos ainda misturam o lixo orgânico com o seco”, explica Jonathan Alves, encarregado de tráfego na EcoUrbis. A personagem está estampada em folhetos distribuídos pelos bairros.

Coletores da cooperativa afirmam
que há respeito pelo trabalho
Por Bruno Dionísio
Após o recolhimento, o lixo reciclável é levado até centrais de triagens onde trabalhadores cooperados separam cada tipo de produto: plástico, vidro, papel e metal. José Silva de Queiroz, coletor há 10 anos, comenta: “Me sinto bem no meu trabalho, cada vez mais pessoas estão participando e me perguntam que horas o caminhão passa”.



Com o intuito de aumentar a reciclagem na cidade e, consequentemente, a qualidade de vida dos moradores, essa iniciativa visa a elevar o índice de materiais reciclados de 1,8 mil toneladas por mês para pelo menos 9 mil toneladas mensais. “O que está sendo feito hoje é um bom começo, pois estamos envolvendo na cultura do brasileiro essa necessidade de reciclar”, afirma Alves.

A Prefeitura pretende promover outras mudanças, como a inclusão de profissionais de reciclagem e catadores no sistema de coleta seletiva, o aumento dos turnos nas centrais de triagem do lixo e principalmente a ampliação das rotas dos caminhões e do número de frequências semanais.

Para consultar dia e horário de coleta em sua rua, ligue para 156 ou acesse: www.limpurb.sp.gov.br




Infográfico de tempo de decomposição

Por Fernanda Ricardo

14 de jun. de 2011

Sonho de cursar o ensino superior fica mais acessível

Presidenta Dilma anuncia nova modalidade do Fies e gera discussão sobre a qualidade de ensino do país

Por Adriana Nascimento e Juliana Veloso

Os incentivos no campo da educação no Brasil vêm se destacando desde o governo Lula. Com a presidenta Dilma Russef não tem sido diferente. A chefe de estado já anunciou o aumento das escolas técnicas federais, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica), melhorias no Prouni (Programa Universidade para todos) e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

O Fies foi criado em 1999 em substituição ao antigo CREDUC (Crédito Educativo). Este ano o Governo Federal anunciou a diminuição da taxa para 3,4% e aboliu a exigência de fiador. Com mais de 500 mil contratos ativos e 29 mil em análise em janeiro deste ano, o programa chega a ser um grande diferencial para quem o utiliza.

A socióloga Angelita Garcia, beneficiária do crédito no ano de 2001, acredita que hoje o programa está bem mais acessível. “Naquela época era bem mais difícil conseguir um fiador, mas parece que isso mudou. Esses incentivos são ótimos, mas também devem prever apoio na pós-graduação, para que quem deseja continuar pesquisando tenha um pouco mais de chance. Mesmo assim, foi essencial para que eu concluísse a graduação”.
Se, por um lado, o programa educacional do governo leva cada vez mais estudantes para as salas de aula, por outro, há uma preocupação de que tipo de aluno chega à universidade. Muitos chegam a ter dificuldades de entendimento conceitual da Língua Portuguesa e operações matemáticas básicas.

“O governo não está preocupado em melhorar a qualidade do ensino-base, por isso investe em ação reativa ao invés de prevenção”, diz Marcia Costa, pós-graduada em Gestão de Projetos. “Mais um exemplo: ao invés de ensinar as regras da Língua Portuguesa, é mais barato acabar com as regras ortográficas, assim todos passam a saber escrever corretamente”, conclui.

Mesmo com problemas na base educacional, situação que precisa ser revista segundo especialistas em educação, os incentivos são bem recebidos pela população, haja vista a grande aprovação dos últimos anos de governo do PT. Com problemas ou não, há mais crianças nas escolas e jovens nas universidades.

A especialista em psicólogia social, Reimi Chagas, confirma essa visão: “A situação ainda está longe da ideal, mas temos que considerar que houve avanços e benefícios significativos para quem deseja estudar, não tem condições financeiras e muitas vezes não pertence nem às camadas médias da população”.

Reimi, que é apresentadora do programa “Conversando com a Psicóloga”, na Rádio Heliópolis 87.5 FM, enxerga a situação com otimismo. “Espero que – de modo bem otimista – nos próximos 20 anos possa ser convidada a falar sobre um novo fenômeno social: a diversidade e o multiculturalismo no ensino superior, fruto de políticas governamentais de incentivo e concessão de bolsas à população de baixa renda que ingressou em massa no ensino superior e conseguiu, assim, ter relativa mobilidade social e pôde investir ainda mais na sua qualificação profissional”, conclui.

10 de jun. de 2011

Pesquisa no Carrão revela violência como principal problema do bairro

Furto, roubos de carros e assaltos a ônibus são as principais ocorrências da região

Por Fernanda Ricardo

31º Distrito Policial da vila carrão, localizada em uma das principais vias do bairro
Por Bruno Dionísio

Em pesquisa recente conduzida pelo Instituto Datafolha, foi perguntado aos moradores do bairro Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo, qual o principal problema da região, e quase metade dos entrevistados apontaram a violência como ponto crítico.

Com índice de mortalidade por homicídio que não ultrapassou 47 mortes por 100 mil habitantes em 99, a área da Vila Carrão – que inclui a Vila Carrão, a Vila Formosa, a Vila Aricanduva e o Parque São Lucas – tem como principais ocorrências o furto e o roubo de carro e os assaltos a ônibus.

O cobrador Sérgio Cabral afirma que os índices de assaltos a ônibus diminuíram após a implantação do bilhete único. “Com os passageiros usando o bilhete, quase não fica dinheiro no caixa”.

O furto e o roubo de veículos foi o único crime que cresceu em julho na área do 31º DP (Distrito Policial), na Vila Carrão, com 10% de aumento em relação ao mês anterior. “Os bandidos não escolhem hora nem local pra roubar”, revela a comerciante da região Elza Moura, que já teve seu carro roubado quando chegava ao seu comércio pela manhã.  Apesar disso, Elza diz que se sente segura no bairro e que não se mudaria.

Perina, presidente Conseg vila carrão, diz que trabalha por paixão
Por Bruno Dionísio

Lourival Domingos Perina, atual presidente da Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) realiza mensalmente uma reunião no bairro para que os munícipes levem os problemas e sugestões para a melhora na segurança. “Na última reunião, uma das moradoras pediu o corte de uma árvore em sua rua, pois assaltantes podiam se aproveitar da planta para se esconder à noite”.

No final de seu terceiro mandato, Perina afirma que o Conseg é um intermediário entre a população e os órgãos policiais e subprefeitura. Quando questionado sobre a violência no bairro, Perina diz: “Violência, no sentido de morte, latrocínio, é zero. O que temos são os roubos menores, como os de celulares. Moro na região desde 1963 e considero talvez como um dos bairros mais tranquilos de São Paulo”.

Outra questão apontada pelo presidente foi a do não registro de boletins de ocorrência. “A população tem medo de ir à delegacia, mas é necessário, pois, quando acharem o criminoso, terá um registro para condená-lo”.

7 de jun. de 2011

Consumo de alimentos orgânicos sobe 30% ao ano no Brasil

Aumento pode indicar maior preocupação de brasileiros com a saúde

Por Ingrid Taveira, Larissa Leonardi e Tatianne Francisquetti

Os alimentos orgânicos são produzidos sem o uso de agrotóxicos, ou de qualquer composto químico que possa ser nocivo à saúde de quem os consome. Alimentos cultivados com o uso de conservantes passa por alterações em sua composição que os protegem da ação de pestes. No entanto, de acordo com pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o uso em excesso desses produtos pode trazer consequências graves à saúde, como intoxicação, dores de cabeça, dor de estômago e sonolência. Há também a possibilidade de problemas crônicos, como paralisias ou câncer.  Os compostos químicos, além de serem utilizados na produção vegetal, também podem ser encontrados na produção de alimentos de origem animal, ou em águas contaminadas.

Os alimentos orgânicos são livres de pesticidas e agentes causadores
de doenças como câncer e alergias
(Imagem Shutterstock)

Os riscos gerados pelo uso dessas substâncias têm sido pesquisados por diversos órgãos de saúde. A ANVISA é o responsável por fiscalizar a utilização em plantações e produções de grande porte. Segundo o Instituto Biodinâmico (IBC), a fabricação de produtos sem o uso de agrotóxicos no Brasil cresce 30% ao ano, o que representa uma melhora significativa na saúde alimentar dos brasileiros. As vantagens básicas do consumo de alimentos orgânicos são: a não ingestão de toxinas nocivas ao corpo, a preservação ao meio ambiente e, de acordo com consumidores, mais sabor.

Lierka Maria, consumidora habitual de mantimentos produzidos sem o uso de conservantes químicos, afirma: “Os alimentos têm mais consistência, mais sabor e, às vezes, mais cheiro. Não são esteticamente mais bonitos ou brilhantes, como os que encontramos no mercado, mas, dependendo do alimento, se nota muito a diferença”. 

Ugur acha os alimentos sem sabor,
por isso não é adepto ao consumo
(Arquivo pessoal)
Já Ugur Durak, não adepto de produtos orgânicos, diz: “Mesmo com os benefícios que os alimentos trazem para a saúde, para mim o gosto vem em primeiro lugar. E esses alimentos são sem gosto”.

Os alimentos mais consumidos são verduras e legumes, mas, atualmente, também são disponibilizados no mercado opções como carne bovina, frango e ovos. Para a carne ser considerada orgânica, o produtor (gado) não pode receber tratamentos veterinários que incluam medicamentos ou procedimentos químicos. São aceitas somente as vacinas necessárias. Já o frango não pode receber hormônios, método adotado por granjas e criadouros para acelerar o crescimento do animal.

2 de jun. de 2011

HiperCultural

O que é?
A AGÊNCIA HIPERTEXTO traz para os internautas a novidade HiperCultural. Um concurso cultural dentro da nossa página de participação externa, Hipertexto 2.0. A agência receberá textos, matérias, artigos, crônicas, fotos, desenhos, músicas, vídeos, entre outros do universo cultural e selecionará, divididos por categoria, os melhores trabalhos para premiação.

Quem pode participar?
Qualquer pessoa que tenha vontade e realiza algum trabalho cultural: escreve, pinta, dança, canta, dorme, sonha, come, bebe, respira, enfim, qualquer um!

Como vai funcionar?
A equipe HIPERTEXTO lançará as datas para envio do trabalho e especificará temas entre as categorias:
  • Texto: (matérias, crônicas, artigos, etc.)
  • Imagem: (fotos, desenhos, infográficos, pinturas, etc.)
  • Vídeo: (documentários, curtas-metragens, filmes, peças, clipes, etc.)
  • Música: (canto, banda, instrumental, etc.)

Os trabalhos serão enviados via e-mail: aghipertexto@hotmail.com para a seleção.

Quem decide o vencedor?
Irá julgar os melhores trabalhos concurso cultural a equipe administradora da AGÊNCIA HIPERTEXTO. Em sua composição:

  • Adriana Nascimento: Moderadora e Editora da categoria “Educação”.
  • Flávia Serralvo: Editora-chefe e professora mestre de jornalismo.
  • João Pontaltti: Designer e Editor da categoria “Mundo”.
  • Regina Tavares: Colaboradora e professora mestre de jornalismo.


Também farão parte da comissão os internautas da AGÊNCIA HIPERTEXTO, que poderão votar nos melhores trabalhos por meio de uma enquete que será realizada em nossa página.

Solte a imaginação e venha participar do HiperCultural.


 
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