31 de ago. de 2011

Subprefeitura do Aricanduva oferece cursos para inclusão digital

Por meio de telecentros próximos a sua região, jovens e adultos se capacitam para a era da informação

Por Bruno Dionisio, Danilo Cardoso e Laís Carvalho

Os cursos oferecidos são para todas as idades
Foto: Bruno Dionisio

Com o objetivo de promover a inclusão digital para jovens e adultos, a Subprefeitura do Aricanduva está oferecendo cursos de informática nos telecentros da região, entre eles o do bairro da Vila Carrão. “O projeto foi criado em 2001 e faz parte da Secretaria Municipal de Participação e Parceria, através da Coordenadoria de Inclusão Digital”, diz Bruno Cardoso da Assessoria de Comunicação e Imprensa responsável pelo projeto.

Os cursos oferecidos são para todas as idades e consistem em ensinar a utilização básica da informática (digitação, elaboração de textos e criação de planilhas), e até oficinas de telemarketing, suficientes para atender aos usuários em suas principais necessidades, estimulando a organização de pensamentos e atitudes.

Alunos na aula de informática
Naf/Vila Carrão
Foto: Bruno Dionisio
“Eu faço faculdade de serviço social, estou no segundo ano e já tinha feito antes outros cursos aqui no telecentro, mas como não mexia no computador a gente acaba esquecendo. Resolvi voltar agora porque a faculdade exige que você saiba alguma coisa de computação, e aqui eles tratam a gente muito bem”, diz Vera Lúcia Santos, 50 anos, aluna do curso de informática no telecentro Naf/Carrão. 

O governo do Estado de São Paulo também possui um programa semelhante que proporciona a inclusão digital chamado Acessa São Paulo, vinculado à Secretaria de Gestão Pública e gerido pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), que já atingiu a marca de cinquenta e três milhões de projetos atendidos.

Jovens e adultos participam do projeto Inclusão Digital
Foto: Bruno Dionisio

“O Acessa São Paulo conta com a parceria do LIDEC (Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária da Escola do Futuro) da USP, sendo um dos responsáveis por diversas atividades desenvolvidas pelo programa”, afirma Caroline Valente, da Assessoria de Comunicação e Imprensa do governo.

Informações: 



Telecentro Naf Carrão
Rua Taubaté, 494 - Vila Carrão
Segunda a sexta, das 08h às 18h
Sábados, das 09h às 18h

Previdência tem o melhor resultado no mês de julho desde 1999

Economia brasileira melhorou em relação a anos anteriores
Foto: Banco de imagens

A Previdência Social registrou um déficit superior a R$ 2 bilhões em julho. Este foi o melhor resultado desde 1999, quando o saldo ficou negativo em R$ 1,5 bilhões. As renúncias previdenciárias já somam mais de R$ 6 bilhões no ano até o mesmo mês. O valor é 18% maior do que o do mesmo período de 2010 e tende a aumentar. A renúncia previdenciária foi de mais de R$ 900 milhões, valor maior do que o verificado em julho de 2010, que foi de aproximadamente R$ 700 milhões.

Fontes: Estadão.com, Veja.com e em.com.br


Metrô implanta novo sistema de recarga de bilhete único em SP


O Metrô implantou, a partir da segunda quinzena de agosto, um novo sistema de recarga de bilhete único em SP. Nas 62 estações do sistema de transporte haverá um aumento de postos assistidos de carga e recarga, de máquinas de atendimento automático e de equipamentos de recarga automática de vale-transporte e consulta de saldos, não havendo nenhuma alteração nos guichês de venda de bilhetes unitários. A implantação deve continuar este mês com a instalação de cabines assistidas em mais 15 estações.

Fontes: folha, estadão e r7.

Zélia Duncan apresenta Totatiando no SESC Belenzinho

O SESC Belenzinho traz o espetáculo Totatiando com Zélia Duncan como atriz, acompanhada por instrumentalistas e dirigido por Regina Braga. A peça é uma homenagem à obra de Luiz Tatit e será apresentada de 3 a 18 de setembro, às quintas, sextas e sábados às 21h e aos domingos às 18h. Os ingressos custam R$ 32,00 (inteira) e podem ser comprados pelo sistema INGRESSOSESC no site www.sescsp.org.br.

Fontes: sescsp , luiztatit e uol

30 de ago. de 2011

Mesmo fora de temporada, brasileiros viajam mais para o exterior



A queda do dólar e o aumento do poder aquisito tornam possível o sonho de viajar para fora do país

Por Carolina Campos, José Roberto Pessoto, Roberta Chamorro

Filas do check-in internacional torna-se cada vez mais comum
Foto: José Roberto Pessoto


De acordo com dados do Banco Central, no primeiro semestre de 2011, os brasileiros aumentaram seus gastos no exterior em 40%, comparado aos gastos no mesmo período de 2010.

Devido à baixa do dólar, renda maior e desconfiança com relação ao euro, mesmo fora de temporada, os gastos no exterior dispararam.“O ambiente interno brasileiro tornou-se mais atrativo para os estrangeiros, e estes aumentaram a injeção de capital externo dentro da economia nacional. O grande influxo de capital estrangeiro em nossa economia acabou gerando uma apreciação do real, frente ao dólar e demais moedas mundiais. Com isso ficou mais barato viajar para o exterior”, explica o economista Ricardo César Queiróz Filho sobre o motivo para tantas viagens.

A funcionária pública Luciana Taborda viaja pelo menos uma vez por ano para fora do país e está ansiosa para realizar sua próxima viagem internacional. “A vantagem de viajar para fora é conhecer outras culturas e pessoas diferentes. Ir aos EUA é sempre muito divertido, podemos esbanjar nas compras”, diz. Com a estabilização da economia brasileira, cerca de 15 bilhões de reais já circularam fora do país.

“O salário mínimo do brasileiro cresceu mais do que a inflação, o que enriqueceu a grande base trabalhadora e fez com que sobrasse mais dinheiro para, por exemplo, fazer viagens internacionais”, ressalta o economista.

Jorge Perez é proprietário de uma agência de turismo. Segundo ele, 80% de seus clientes buscam viagens de lazer para o exterior. “Acredita-se que é mais vantajoso viajar para o exterior do que para algumas cidades brasileiras”, comenta.

O fato de a aquisição do visto estar mais fácil, também aumenta a predisposição dos brasileiros para embarcar em uma viagem. “Os países do exterior visam lucrar com os estrangeiros. A valorização do real proporcionou mais facilidades para a detenção de visto”, ressalta Perez.

Mesmo com o aumento da alíquota do IOF - Imposto sobre Operações de Finanças - de 2,38% para 6,38% nas compras com cartão de crédito, os turistas brasileiros não deixaram de comprar no exterior. Uma das alternativas encontradas é a utilização de dinheiro em espécie e cartões de débito.

Para entendermos por que as taxas de juros estão altas o economista explicou que essa medida desacelera o consumo, contendo a inflação.

“Caso precise comprar dólares, ou qualquer outra moeda, não compre tudo de uma só vez, faça isso de forma periódica, evitando assim ser prejudicado por taxas de câmbio artificiais e especulativas. Evite gastos excessivos no cartão de crédito internacional, as taxas de juros praticadas no Brasil são umas das maiores do mundo, principalmente as do cartão de crédito”, dá a dica Queiróz sobre como não extrapolar e se endividar.

A vendedora autônoma Valéria de Oliveira aproveitou a desvalorização do dólar e pretende nos próximos meses realizar seu sonho de viajar para a Disney, no entanto, afirma que não deixará os encantos brasileiros de lado. “Sempre tive o sonho de conhecer a Disney, mas nunca tive a oportunidade de realizar esse sonho por motivos financeiros. Hoje a situação financeira melhorou um pouco e vou realizar meu sonho. Isso não significa que vou deixar de lado os encantos brasileiros“, afirma.

A pergunta que predomina é se esse intercâmbio dos brasileiros favorece ou não o nosso país. Para Queiróz, essas viagens indicam que a população está com níveis melhores de renda, mas, por outro lado, este fato também indica que nossa moeda está muito mais apreciada que outras moedas internacionais, o que pode ser ruim para a indústria exportadora. “A indústria exportadora brasileira depende de um real desvalorizado para tornar seus produtos mais baratos e atrativos para os compradores internacionais. É por isso que a China possui um regime de câmbio "artificialmente" desvalorizado", diz. 

"Em uma economia como a brasileira, basicamente exportadora de commodities e produtos básicos, sua parcela exportadora é extremamente importante”, alerta.

Apesar de salários mais altos, paulistanos compram menos nos últimos anos

Salários bons, porém, uma das cidades mais caras para se viver
Foto: Banco de imagens

Nos últimos cinco anos, o nível de salário dos paulistanos aumentou de 24% para 39%. Mas esse crescimento não foi suficiente para impedir uma queda da cidade no ranking do banco do poder de compra doméstica. No ano de 2006, São Paulo ocupava a posição de número 42 nesse ranking. Hoje já se encontra na posição de número 54. Esse relatório foi realizado pelo banco suíço UBS, que avalia o custo de vida em 73 cidades do mundo todo.

Fontes: BBC, Novo jornal e Jornal da imprensa

29 de ago. de 2011

Bandeiras com mastro voltam aos estádios paulistas

A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou no, último dia 24, o projeto de lei que permite a volta das bandeiras com mastro nos estádios da cidade. Desde 1995 as torcidas eram impedidas de usá-los, devido aos possíveis confrontos entre torcedores rivais. O projeto libera os mastros, porém, regulamenta seu uso apenas às torcidas organizadas em locais devidamente explicitados pela FPF (Federação Paulista de Futebol). Para entrar em vigor, a lei precisa da aprovação do governador Geraldo Alckmin.

Fontes: Estadão, UOL e Veja

Lúpus tem seu diagnóstico melhorado com os avanços da medicina

Com maior incidência no sexo feminino, a doença se caracteriza pela variação de sintomas

Por Elizabeth Costa e Fernanda Ricardo

Dr. José Carlos Mansur e sua equipe de reumatologistas. Da esquerda para direita Residente Odilon, Dr. José Carlos, residentes Hênio, Thiago e Beatriz
Foto: Elizabeth Costa
Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória, crônica e auto-imune que gera diversos quadros clínicos. De acordo com o médico José Carlos Mansur, atual médico encarregado da área de reumatologia do IAMSP (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), a pessoa lúpica possui uma desorganização imunológica, ou seja, o sistema defensivo deixa de distinguir entre os antígenos (corpos estranhos) e as células e tecidos do próprio corpo, direcionando anticorpos contra si mesmo, os quais reagem formando complexos imunológicos que crescem nos tecidos e podem causar inflamação, lesões e dores.

“Quando soube não entendi bem, pois é uma doença rara e desconhecida, fiquei com muito medo, mas o médico me assegurou que, fazendo o tratamento, a doença se estabilizaria”, comenta Maria Helena Paranhos, que descobriu a doença há 40 anos. A LES pode atingir múltiplas partes do corpo, principalmente a pele, as juntas, o sangue e os rins, e pode causar sérios problemas ao longo da vida.

É uma doença razoavelmente comum no consultório dos reumatologistas e, apesar de não ser divulgada de maneira expressiva, devido aos avanços na medicina o LES tem sido diagnosticado com mais frequência e seu prognóstico é muito melhor do que 15 anos atrás.
Senhora Maria Helena Paranhos com um aluno da escola em que trabalha. Ela diz que atualmente não toma nenhuma medicação. Sua doença está inativa há 10 anos.
Foto: Elizabeth Costa

Atinge principalmente mulheres (9:1) em idade reprodutiva, iniciando-se mais comumente entre 20 e 40 anos. É tem maior incidência em certos grupos étnicos, como negros e asiáticos e pode ser bastante benigno até extremamente grave e fatal.

As manifestações clínicas são as mais diversas entre os pacientes e os sintomas variam muito. As queixas gerais mais comuns são mal-estar, febre, fadiga e falta de apetite, as quais podem anteceder outras alterações por semanas ou meses.

Existem três tipos de lúpus: lúpus discóide, o lúpus sistêmico, e o lúpus induzido por drogas. O lúpus discóide é limitado à pele identificado por inflamações cutâneas, já o lúpus sistêmico pode afetar quase todos os órgãos e sistemas. O lúpus induzido por drogas ocorre como consequência do uso de certos medicamentos. Os próprios medicamentos para tratar o lúpus, podendo levar a um estado de lúpus induzido.

O diagnóstico do LES é feito através da associação de dados clínicos e laboratoriais e às vezes é difícil e demorado, pois a doença pode variar sua apresentação. “Quando me falaram que eu poderia ter lúpus me assustei, porém, após os exames, constataram que era reumatismo. Como os diagnósticos são muito parecidos, se enganaram”, explica Ângela Bertolli, que constatou reumatismo após sentir muitas dores. Contudo, as novas técnicas de laboratório e o maior conhecimento e habilidade dos médicos para identificar a doença tendem a minimizar as dificuldades do diagnóstico.

Mesmo havendo protocolos internacionais para o tratamento de doenças complexas como o LES, cada paciente tem a sua história, ou seja, o tratamento depende dos sintomas e de sua intensidade. “Nos últimos anos, com a melhora no reconhecimento precoce da doença e o tratamento mais eficaz, temos tido melhores resultados”, afirma Mansur.

Os medicamentos utilizados podem provocar efeitos colaterais importantes e devem ser manejados por profissionais experientes.  A evolução da doença é imprevisível,podendo alternar-se em períodos mais calmos ou severos e até mesmo um período de remissão (inatividade da doença).

Ângela Bertolli teve suspeita de estar com Lupus, porém o seu diagnóstico era de reumatismo.
Foto: Elizabeth Costa
Atualmente, apesar dos avanços da tecnologia, ainda não há uma cura para o lúpus, porém, existem tratamentos e pequenas mudanças de hábitos que podem trazer uma maior estabilidade ao paciente. “Tenho uma vida normal, faço faculdade, trabalho, saio de balada, namoro”, diz Zaira Rachel Lima, que descobriu a LES com 19 anos.

28 de ago. de 2011

Shopping Itaquera é fenômeno de público na zona leste de SP


Shopping paulistano tem crescente no número de visitantes
Foto: Banco de imagens

Em pouco mais de dois anos funcionando, o shopping metrô Itaquera se torna fenômeno de público. No período de cinco meses no ano de 2010, as vendas cresceram 34%. Três grandes franquias estão entre as lojas mais movimentadas do shopping. O grande movimento é motivado pela integração com estações do metrô, trem e o terminal de ônibus, além da unidade do Poupatempo do Estado, que atende milhares de pessoas diariamente. 77% dos frequentadores do shopping são da classe econômica C e D.

Fontes: abril, istoedinheiro e R7

27 de ago. de 2011

Entrevista: Clemente, vocalista das bandas Inocentes e Plebe Rude

Por Carolina Campos, José Roberto Pessoto e Roberta Chamorro


Clemente Tadeu Nascimento nasceu em São Paulo há 48 anos. É músico, produtor, apresentador e DJ. É mais conhecido como Clemente, vocalista e guitarrista, um dos principais membros do movimento punk brasileiro. Tocou em bandas como Restos de Nada, Condutores de Cadáver, Inocentes e Plebe Rude, nas duas últimas bandas toca até hoje. Na entrevista a seguir, ele fala sobre a cena daqueles tempos e comparou com a atual. Disse que vida louca, de fato, só existe nos dias atuais, com os filhos e muito trabalho.




"Hoje o punk tem seus próprios tabus e a garotada tem medo de quebrá-los. Alguma coisa está errada", diz Clemente
Imagem André Nascimento


Agência Hipertexto: De onde vinha inspiração para as músicas?

Clemente: Vinha de um monte de referências, minha vida, livros, filmes e a insatisfação com a situação do país na época.


Agência Hipertexto: Se fosse hoje, de onde viria a inspiração?

Clemente: Dos mesmos lugares, continuo lendo, vivendo e o país ainda não mudou muito.

Agência Hipertexto: Como era a cena punk em São Paulo?

Clemente: Era legal, ela existia, havia várias bandas bacanas e tudo era novidade, tínhamos contato com bandas do mundo todo, coisa que é muito mais fácil hoje. Era tudo mais difícil, mas, mais prazeroso.

Agência Hipertexto: Em comparação, o que você acha da cena atual?

Clemente: Acho que a cena atual fica querendo usar modelos da minha época e o mundo mudou muito. Tem algumas bandas legais, mas tudo é muito confuso. Punk não é política, é político, é arte de confronto. O punk nasceu para quebrar tabus. Hoje o punk tem seus próprios tabus e a garotada tem medo de quebrá-los. Alguma coisa está errada.

Agência Hipertexto:: Você acha que o movimento punk mudou alguma coisa na sociedade? Politicamente ele teve força a ponto de transformar algo?

Clemente: (Até você acha que punk é política? risos). Mudou a música, o comportamento, a moda, a cultura pop, ele foi o divisor de águas. Só para citar um exemplo, esse modelo de festivais independentes, gravadoras e a cena independente, foi o punk que começou e hoje só se fala nisso. O Punk não tem força política para mudar o país, a função do punk é fazer as pessoas pensarem e são as pessoas que mudam o país. 

Agência Hipertexto: Quando foi que você sacou que Os Inocentes tinham deixado de ser mais uma banda de garagem e estavam entrando para, digamos, a fama?

Clemente: Quando os shows começaram a encher. Quando assinamos com a Warner, quando as pessoas te procuram para dar entrevistas. Isso tudo foi no começo da década de 1980.

Agência Hipertexto: E qual é a sensação?

Clemente: É ótima, é a comprovação do seu valor 

Agência Hipertexto: Já rolou conflito entre ser punk e ter ego (após a fama)?

Clemente: Parece que o punk é um ser diferente, né? Todo mundo tem ego, o Ramones é uma banda "legal", porque é famosa. Não vejo pessoas nas ruas com camisetas do Wire, que é uma banda muito boa, só que ninguém conhece. A "fama" vem como reconhecimento do seu trabalho. Não sou conhecido como a Ivete Sangalo, pois o foco do meu trabalho é outro, sou conhecido dentro de um determinado meio. 

Agência Hipertexto: A vida louca acabou com a chegada da idade, dos filhos ou você simplesmente se cansou?

Clemente: (Que vida louca? risos) Minha primeira filha nasceu e eu tinha 24 anos de idade e estava em plena década de 1980, lançando nosso segundo disco pela Warner. Mas, não entendi o porquê da vida louca. Ter filhos quer dizer ter que trabalhar mais. Se antes eu só tocava nos Inocentes, hoje toco também na Plebe Rude, Jack & Fancy e Combat Rock. Sou DJ, produtor, apresentador e diretor artístico do showlivre.uol.com.br. Por exemplo, semana passada, na sexta-feira trabalhei o dia todo no Showlivre, à noite discotequei no Sonique, no sábado fui curador de um projeto de música no SESC Osasco e à noite fui DJ no Authobahn. Na segunda, Showlivre e DJ no Unique. Minha vida está uma loucura agora! (risos). Estou lançando o DVD da Plebe Rude, gravando disco novo do Inocentes e do Jack & Fancy.

Agência Hipertexto: Planos futuros?

Clemente: Continuar vivo e trabalhando...

Agência Hipertexto: Recado para os fãs?

Clemente: Estamos na ativa. 


Warner reedita 3 discos da banda Inocentes em comemoração aos seus 30 anos:


            Pânico SP (1986) Adeus Carne (1987) e Inocentes (1989)




Há também o documentário Inocentes - 30 anos, de Carol Thomé e Duca Mendes, que estará na Mostra de Cinema Mundial, Belo Horizonte, confira no link abaixo:


indiefestival.com.br















Nem débito nem crédito, os brasileiros preferem à vista

Mesmo com as formas mais variadas de pagamento,
os brasileiros ainda preferem o dinheiro
foto: Banco de imagens
Segundo pesquisa encomendada pelo Banco Central em 26 capitais, o dinheiro é a maneira mais utilizada de pagamento pelos brasileiros. Os entrevistados dizem que costumam levar valores de até R$ 20 e têm como suas notas favoritas as de R$ 10 e R$ 5. A população também considera importante que as cédulas não estejam danificadas. Segundo a pesquisa, os entrevistados costumam levar diariamente até R$ 3 em moedas. Já os comerciantes reclamam pela falta de R$ 0,50 e R$ 1,00 para o troco.

Fontes: http://www.clubedotatuape.com.br ,  www.varejista.com.br e http://g1.globo.com/



Notas do ENEM devem sofrer mudanças a partir desse ano

INEP propõe mudanças para o ENEM neste ano
Foto: Banco de imagens

O INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) apresentou ao MEC (Ministério da Educação), nesta quinta-feira (25), uma proposta que pretende mudar o cálculo que determina a nota das escolas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A mudança passaria a considerar o número de alunos por instituição, o que evitaria a distorção que o atual método cria. A proposta espera aprovação do MEC. Depois disso, ela passa a valer na divulgação dos resultados da edição deste ano. 

Fontes: revistaenem, folha e osamigosdaonca


26 de ago. de 2011

Romário vai fiscalizar na internet preparação para a Copa de 2014


O ex-jogador polêmico e agora deputado federal Romário criou um site oficial na quarta-feira (10) para informar e, principalmente, fiscalizar o andamento de todas as obras para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Uma das primeiras notícias do site aponta que, das 82 obras para a Copa, 50 estão atrasadas.

Fontes: www.lancenet.com.br,  www.terra.com.br e www.globo.com.br

Aparelho celular utilizado como ferramenta de alfabetização

Projeto de matemático vai utilizar programa de smartphones para alfabetização de jovens e adultos

Por Vasco Guimarães

O Programa de Alfabetização na Língua Materna (PALMA) foi criado pelo matemático José Luiz Poli em abril de 2011, em Campinas. Funciona pela combinação de sons, letras e imagens nos celulares e está sendo testado pelas prefeituras municipais de Campinas, Itatiba e Pirassununga.

A ideia surgiu ao notar que as pessoas sabem usar celulares.“Percebi que pessoas analfabetas podem usar os números para fazer e receber ligações. Se criasse um método que combinasse letra e número, poderiam aprender”, comenta Poli.

Smatphones utilizados pelo PALMA
Por Bianca Castilho
O programa é acessado pelo celular,por 30 minutos, e pode-se levar para casa. A evolução medida ao final de cada atividade por meio de um sistema de monitoramento instantâneo, via mensagem SMS.

Os dez alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Clotilde Barraquet von Zuben, em Campinas, aprovaram o método. Ao passarem por uma prova presencial com o uso do celular, no fim do ano, eles ganham o aparelho, dependendo do resultado.

O PALMA será testado até o fim do ano e ampliado para outras cidades. Os alunos do programa devem aumentar para 88, devido ao reconhecimento pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

A professora de educação especial da Escola Municipal de Educação Especial (EMEE) Anne Sullivan de São Paulo e professora/orientadora de apoio à inclusão no Centro de Apoio à Inclusão Social (CAIS) em Diadema, Andréa Franciulli, achou o projeto bem feito. Acredita que possa ser utilizado por alunos com necessidades educacionais especiais, mas para tanto necessitaria de adaptações, como conectar o aparelho a um teclado Bluetooth em braile, e uma conversão do programa para uma linguagem que alunos cegos possam traduzir. Para alunos com mobilidade reduzida, podem-se utilizar aparelhos ativados pela voz. Franciulli crê que este seja o próximo passo para a sua utilização.

A coordenadora pedagógica da EMEF Olavo Fontoura, Raquel Abdo, diz que, para a alfabetização, além do processo visual utilizado no PALMA, é necessário o ato motor da escrita (cinestesia), e a mediação do professor é fundamental durante todo esse processo.



Apresentação do Projeto Palma

Índice de obesidade infantil cresce no Brasil nas duas últimas décadas

Pesquisas demonstram como evitar o aumento de peso pela educação alimentar

Por Bruno Dionísio, Danilo Cardoso e Laís Carvalho

A pirâmide alimentar - Núcleo de Nutrição - Campus Anália Franco
Foto: Bruno Silva
A obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos no Brasil, atingindo cerca de 10% das crianças brasileiras, dados fornecidos pelo Manual de Psiquiatria Infantil (USP) e pela nutricionista Sylvia Elisabeth Sanner.


A especialista em nutrição Rosana Matos menciona que o melhor método para prevenir a obesidade infantil (comprovado a partir de estudos acadêmicos) começa em casa com os pais administrando a alimentação e utilizando-se da criatividade. “O espinafre, por exemplo, pode ser preparado em forma de bolinho”, diz Rosana.


A responsável pelo Núcleo de Nutrição Humana da Universidade Cruzeiro do Sul, Kátia Andrade, também concorda com a criatividade na hora da alimentação. “Com as crianças, devemos trabalhar de forma lúdica, trocando o tomate normal pelo tomate cereja. A criança trabalha com imagens, é necessário colorir os pratos do dia a dia, especificando horários e tornando mais divertida a hora da alimentação com sabores diversificados”, explica.


A professora e nutricionista do Núcleo de Nutrição, Kátia Cristina Andrade
Foto: Bruno Silva
Guloseimas e lanches pela facilidade de preparo acabam aumentando o seu consumo. “O fato de os pais possuírem uma rotina intensa faz com que eles não tomem os cuidados necessários no consumo destes alimentos, gerando, na criança, a obesidade”, afirma a pedagoga especializada em recreação infantil Aline Costa.


A dona de casa Luíza Oliveira comenta sobre a alimentação preparada para seus filhos, Flávio, de 12 anos, e Ricardo, de 4 anos, que sofrem com excesso de peso. ”Eu não entendia por que eles ganhavam tanto peso. Dava frutas, legumes, verduras à vontade acompanhadas com porções de carne vermelha ou branca, e nada resolvia”, explica. Ao procurar um nutricionista, Luiza tomou ciência dos valores da educação alimentar para seus filhos, e pôde compreender que não é só a variedade que torna a alimentação saudável, mas sim a quantidade ingerida de alimentos.



Medidores de alimentos - Núcleo de Nutrição
As pesquisas sobre obesidade infantil identificam que é necessário tornar a alimentação prazerosa, pois as crianças precisam passar a encarar os alimentos saudáveis sem medo.

25 de ago. de 2011

Paulistanos sofrem com ar poluído durante 259 dias ao ano

Moradores da região metropolitana de São Paulo respiram durante 259 dias ar que prejudica a saúde. Atualmente, na cidade de São Paulo, o ozônio, em grande parte produzido graças à queima de combustíveis fósseis, é um dos principais causadores de doenças respiratórias. Técnicos divergem com a classificação da Cetesb (agência ambiental paulista) sobre a categoria “regular”, com alguns deles dizendo que afeta a saúde da população, e outros, que não. A problemática, no entanto, consiste na classificação do ar como “inadequada” ou “má”. Desses 259 dias, em apenas 106 a qualidade do ar foi dada como “boa”.



Fontes: http://www.agora.uol.com.br e www.folha.uol.com.br

Na última hora, Maluf desiste de admitir um crime

Maluf resiste a confissão americana
Foto: Banco de imagens

O deputado federal Paulo Maluf desistiu de confessar, ao Tribunal Criminal de Nova York, o crime de falsificação de registros contábeis, na manhã de quarta (24). O ex-prefeito de São Paulo confessaria o crime, para tirar seu nome da lista dos mais procurados da Interpol em todo mundo. No entanto, o acordo deu errado à beira da assinatura final do documento, por causa do filho, Flávio Maluf, presidente da Eucatex, que ficaria à mercê do Ministério Público brasileiro para ação de natureza penal.


Fontes: Estadão, Terra e Globo.com

O jeito certo de falar

Por Renata Di Nizo




Renata Di Nizo é escritora, palestrante e sócia fundadora da Casa da Comunicação

Um livro didático para jovens e adultos, distribuído pelo MEC, deu o que falar a e reacendeu a velha e boa discussão do que é o jeito certo de falar - sem resvalar em preconceito. Cabe à escola elucidar as diferenças entre o registro oral e escrito. Mas como o professor deve lidar em sala de aula com “a gente vamos”? Embora seja fácil constatar que não existe uma única forma 'certa' de falar, a escola é responsável por ensinar novos registros . E mais: a regra de ouro é a adequação - saber usar o registro certo a cada nova situação.

Vamos imaginar que, chegando a uma tribo na África (ou, até mesmo, no sertão do Brasil), sejamos convidados a almoçar na casa de alguém. Aí você percebe que as pessoas comem com as mãos. Como lidar com esta saia justa? Imaginemos agora o inverso: que o jovem desta tribo venha nos visitar numa grande metrópole. Ele estaria preparado para comer com talheres? Então, aprender outros costumes e ampliar o leque de respostas/possibilidades, certamente, é um dos papéis cruciais de nossas escolas.


Uma questão de princípio

Muitas são as virtudes que devem orientar a Educação e o trabalho em sala de aula. Uma delas é a justiça. Para o filósofo Yves La Talle (2006), ela inspira dois princípios: igualdade (todos os seres, dotados do mesmo valor intrínseco, não devem usufruir de privilégios) e equidade (tornar iguais os diferentes). É admitir as diferenças, aceitando a identidade e liberdade individuais para, no final, alcançar a igualdade entre os seres humanos.

Cada indivíduo, dentro de um contexto socioeconômico e cultural, preserva crenças e uma história de vida únicas. Conviver em uma cultura plural implica, portanto, lidar com o diverso. Assim, a singularidade de todo aluno deve ser respeitada.

É verdade, porém, que a escola também tem o dever de capacitar o aluno a que possa ascender socialmente. Isto significa ser capaz de usar outros registros e saber a hora certa de fazê-lo. Em casa, o aluno poderá continuar se expressando da forma familiar, mas na escola será convidado a aprender novas formas de expressão.


O jeito de se expressar

Além da inteligência linguística, outras características são fundamentais: o modo de o corpo falar, a entonação da voz, a habilidade de focar (atenção concentrada), de modular as emoções e, por fim, mas não menos importante (e quase sempre relegada ao esquecimento), a aptidão criativa. Afinal, todo ser humano tem uma maneira própria de se expressar.

Resta ainda dizer que algumas pessoas falam muito (às vezes, até de maneira descontrolada ou excessiva) e não demonstram nenhum sinal de constrangimento ao interagir com um grande público. Outras, ao contrário, mais retraídas, se inibem inclusive com seus colegas na sala de aula. Dito de outra forma, a maneira de se expressar também conta muito. Falar demais ou de menos, é o mesmo que andar na contramão. Tanto a prolixidade como o hábito da omissão são geradores de limites decisivos em algumas situações. Não adianta despejar sobre o outro, as grandes ideias atreladas umas às outras, porque ninguém está disposto a elucubrar. Tampouco adianta morrer na praia com ideias geniais enfiadas no bolso.

Em ambos casos, é primordial favorecer o domínio de si: enquanto as pessoas mais extrovertidas deverão aprender tanto a acalmar, quanto a focar a mente para evitar atropelar ou saltar de um assunto ao outro, as mais tímidas necessitam de estímulo para expandir a expressão. Aqui é bom enfatizar que não existe tampouco o jeito certo ou errado. O que importa é aceitar e aprender com as diferenças, expandindo os limites e ganhando em ferramentas de comunicação.

Conteúdo e forma andam juntos

Há alguns anos, os famosos cursos de oratória, por melhor intencionados que fossem, acabavam por engessar as pessoas. Supunha-se que houvesse um jeito certo e único de se expressar (de acordo com o modelo de cada instrutor), de olhar a plateia, de modular a voz, de posicionar as mãos. Alguns cursos até hoje criticam, por exemplo, os registros regionais. Ou seja, você deveria inibir seu delicioso sotaque para se expressar com neutralidade. Ora, o jeito de falar expressa a forma de ser. Seria, portanto, muito mais saudável, reconhecer nosso próprio diferencial e enfatizar, não um ponto neutro, mas aquilo que representa nossa genuína expressão. A fala ganharia em espontaneidade e originalidade.

Por outro lado, de maneira adequada, sem causar nenhum tipo de bloqueio ou retraimento, é igualmente necessário cuidar, com parcimônia e diligência, dos aspectos formais de linguagem. Um dos maiores desafios é evitar a inversão de prioridades. Antes de tudo, é necessário consciência da própria identidade e do perfil de comunicador. Isto compreende muito mais do que o uso da linguagem. É também a forma pessoal de agenciar seus recursos e de se apropriar do ato da fala como forma original de se dizer.

Não quero significar com isto que se deva reforçar ‘a gente vamos’, mas jamais inibir a expansão de si e da expressão.

Pés no chão

Li, há algum tempo, uma matéria sensacional sobre os cursos de expressão verbal que são incluídos, em algumas escolas, na grade curricular dos EUA. Ou seja, eles tem consciência de que esta formação é essencial para o desenvolvimento da criança e será um fator decisivo, quando se encontre no mercado do trabalho.

Nós, aqui no Brasil, estamos ainda em uma fase primitiva. Toca ao educador comparecer à Assembléia Legislativa, como bem o fez a Professora Amanda Gurgel, no Rio Grande do Norte, para falar dos números irrefutáveis: 930. São os dígitos do seu salário base. Indignação à parte, como esperar que nossos educadores continuem investindo em sua formação contínua?

Que, em algum momento, lhes seja reservado o lugar de honra, porque deles depende a formação das nossas crianças e dos futuros líderes deste país. Deles depende, em grande parte, a construção da oralidade e da escrita, o saber criar condições para que estas crianças desabrochem… O vir a ser… É uma missão e tanto. Nossos educadores são herois.


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